2010-11-29 18:52:54

PAPA ENCORAJA BISPOS FILIPINOS NA LUTA EM FAVOR DA JUSTIÇA E CONTRA A CORRUPÇÃO


Cidade do Vaticano, 29 nov (RV) - Bento XVI recebeu em audiência, no final da manhã desta segunda-feira, na Sala do Consistório, no Vaticano, um grupo de prelados da Conferência Episcopal das Filipinas, em visita "ad Limina Apostolorum".

A Igreja Católica nas Filipinas é muito atuante, o que é demonstrado por suas várias intervenções nos pontos nodais da sociedade: da defesa da vida e da família segundo a ótica cristã, à luta contra a corrupção e a pena de morte. Foi o que constatou o Santo Padre na audiência concedida aos referidos prelados do país asiático.

O Papa pediu aos leigos cristãos um compromisso particular no setor da mídia, a fim de que contribuam para tornar a mensagem do Evangelho "atraente".

A Igreja não faz política e este axioma – oriundo do Concílio Vaticano II – tornou-se, sobretudo desde então, um ponto nodal do Magistério dos Papas do Séc. XX.

Dito isso – reiterou o Pontífice aos 35 bispos filipinos presentes – a Igreja contribui, sobretudo, para a construção de uma justa ordem social e de caridade, e "pregando a verdade evangélica – assim como escrito na Gaudium es Spes – e iluminando todos os setores da atividade humana com a sua doutrina e com o testemunho dado pelos cristãos, respeita e promove também a liberdade política e a responsabilidade dos cidadãos".

Uma premissa do Papa bem apropriada para o trabalho realizado pela Igreja no país que, em toda a Ásia, conta o maior número de católicos, cerca de 95% de seus mais de 90 milhões de habitantes.

Por vezes – afirmou o Papa – a tarefa da proclamação do Evangelho "toca temas relevantes para a esfera política". Bento XVI disse explicitamente apreciar a Igreja nas Filipinas...

"... por seu compromisso em favor da vida humana desde a concepção até a morte natural, e em defesa da integridade do matrimônio e da família. Nesses âmbitos está sendo promovida a verdade sobre a pessoa humana e sobre a sociedade. Verdade que deriva não somente da Revelação divina, como também da lei natural, uma ordem que é acessível à razão humana e, portanto, oferece uma base para o diálogo e um mais profundo discernimento por parte de todas as pessoas de boa vontade. Vejo também com apreço o trabalho que a Igreja realiza em favor da abolição da pena de morte em seu país."

Outro setor específico em que a Igreja "deve sempre encontrar uma sua voz diz respeito – indicou o Santo Padre – ao campo da comunicação social e da mídia:

"Deve ser apresentada ao público uma voz uníssona e positiva através dos meios de comunicação novos e antigos, de modo que a mensagem do Evangelho possa ter um impacto sempre mais forte sobre o povo da nação. É importante que o laicato católico especialista em comunicação social ocupe o lugar que lhe compete ao propor a mensagem cristã de modo convincente e atraente."

De modo sintético, Bento XVI deteve-se, em seguida, sobre um terceiro e não menos importante aspecto da missão da Igreja na sociedade: o compromisso nas questões econômicas e sociais, em particular, no que concerne aos mais pobres e mais vulneráveis. O Papa disse "ser encorajador ver como esse trabalho deu os seus frutos, com as instituições caritativas católicas engajadas no país inteiro":

"Muitos dos seus concidadãos permanecem sem trabalho, sem uma adequada educação ou serviço de base, de modo que as tomadas de posição proféticas dos senhores e a sua ação caritativa em favor dos pobres continuam sendo muito apreciadas. Junto a esse esforço, os senhores justamente se preocuparam em manter uma ação de luta contra a corrupção, porque o crescimento de uma economia justa e sustentável será possível somente quando existir uma clara e coerente aplicação do Estado de direito em todo o país." (RL)







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