CARDEAL SANDRI: "O PENSAMENTO, O CORAÇÃO E A ORAÇÃO VÃO PARA O IRAQUE"
Cidade do Vaticano, 26 nov (RV) - O Prefeito da Congregação para as Igrejas
Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, celebrou na tarde de ontem, às 17h locais, na
Basílica Vaticana, uma missa em sufrágio das vítimas do ataque de 31 de outubro passado
perpetrado na Catedral sírio-católica de Bagdá. O ataque deixou um trágico balanço
de 58 mortos, entre os quais, numerosas crianças, mulheres e dois sacerdotes que estavam
celebrando a missa dominical.
O Cardeal Leonardo Sandri, em sua homilia entrou
no mistério salvífico do martírio entrelaçando o testemunho de Santa Catarina de Alexandria
e Papa São Leão Magno, que deram de modos diferentes, mas totalmente, as suas vidas
a Cristo. E voltando o seu olhar e a sua oração às situações difíceis que muitos cristãos
vivem no mundo comentou:
“O pensamento, o coração e a oração vão para o Iraque
e para outras partes do mundo, onde a fidelidade ao batismo ainda nos dias de hoje
se responde com o sangue d’Aquele que nos amou até a Cruz”.
“Preciosa aos olhos
do Senhor é a morte dos seus fiéis" - explicou – “e nenhum tipo de crueldade pode
destruir uma religião, que é baseada no mistério da cruz de Cristo”.
“A Igreja,
de fato não diminui com as perseguições, ao contrário se desenvolve, e o campo do
Senhor se enriquece com uma messe mais abundante, quando os grãos de trigo caídos
um por um, voltam a renascer e multiplicar-se”.
Então, em uma comparação entre
a adesão, a conformação ao Salvador e a realidade dramática de um Iraque dividido
por conflitos e perseguições se uniram as palavras do Papa, que no Angelus de 1º de
novembro passado, rezou para que “o sacrifício desses irmãos e irmãs possa ser semente
de paz e de verdadeiro renascimento”. Em seguida, o cardeal expressou sua gratidão
pela presença de todos na celebração. Aos muitos embaixadores de diferentes denominações
religiosas, pediu uma ação concreta junto aos seus governos, “para promover, em todos
os lugares a serena convivência dos indivíduos e das comunidades para dar novamente
ao Oriente Médio a sua face multi-religiosa e multi-cultural, civil e solidária”.
Os
cristãos devem poder permanecer onde nasceram para oferecer, pessoalmente e através
das obras da Igreja, sem discriminação alguma, sua insubistituível contribuição de
caridade no campo educativo e cultural, assistencial e social. Eles desejam contribuir
para o progresso de seu amado país numa generosa abertura para com os muçulmanos e
todos os seus compatriotas, finalizou o Cardeal Leonardo Sandri. (SP)