(24/11/2010) No "Relatório Global da ONUSIDA - Epidemia de Sida", divulgado nesta
terça-feira, destaca-se que "desde 1999, ano em que se acredita que a epidemia atingiu,
globalmente, o pico, o número de novas infecções diminuiu 19% cento". O objectivo
continua a ser "discriminação zero, zero novas infecções por VIH, e zero mortes relacionadas
com a Sida", através do acesso universal a medidas eficazes preventivas do vírus,
tratamento, cuidados e apoio. Apesar dos ganhos alcançados, o documento recorda
que o "progresso futuro depende fortemente de esforços conjuntos de todos os envolvidos"
no combate à epidemia. O relatório dá ainda como exemplo dos avanços registados
o facto de 5,2 milhões de pessoas, das cerca de 15 milhões que necessitam de tratamento
antirretroviral, e que vivem em países de rendimento baixo ou intermédio, terem actualmente
acesso a essas medidas terapêuticas. O resultado é a diminuição do número de mortes
relacionadas com a Sida segundo a ONU. Face aos esforços continuados de prevenção,
o continente africano, desde sempre associado ao aumento continuado dos casos de SIDA,
apresenta neste relatório dados encorajadores. Com efeito, em 33 países considerados
para avaliação das políticas de combate à epidemia, entre 2001 e 2009, conclui-se
que a incidência diminuiu mais de 25% e, destes, 22 situam-se na África subsaariana.
"As maiores epidemias na África subsaariana - Etiópia, Nigéria, África do Sul,
Zâmbia e Zimbabué -, ou estabilizaram ou apresentam sinais evidentes de declínio",
refere o estudo. Esta tendência é, todavia, invertida em várias regiões e países.
Em sete países, cinco dos quais na Europa de Leste e Ásia Central, a incidência do
VIH aumentou mais de 25% no mesmo período.