PUBLICADO RELATÓRIO DA UNAIDS: "ESTAMOS REVERTENDO A EPIDEMIA"
Londres, 23 nov (RV) – Publicado hoje o relatório anual do Programa das Nações
Unidas para o HIV/AIDS (Unaids). O documento traz a atual situação da epidemia no
mundo. As informações apuradas nos mostram que a luta contra o vírus está longe do
fim, mas, pelo menos, um pouco menos longe que há 10 atrás.
O relatório mostra
que, nos últimos dez anos, as contaminações pelo vírus HVI foram reduzidas em 20%.
Mais: entre os 15 países mais afetados pela epidemia, as contaminações em jovens diminuíram
mais de 25%, graças à adoção de práticas sexuais seguras, alega Unaids.
Aproximadamente
33,3 milhões de pessoas no mundo são portadoras do vírus HIV, causador da doença.
Não há cura, por enquanto, apenas medicamentos que prolongam e melhoram a qualidade
de vida dos portadores. A estimativa é de que 5 milhões de portadores do vírus têm
acesso a esses medicamentos, enquanto outros 15 milhões que vivem nos países mais
pobres não têm acesso ao tratamento. Em média, 10 milhões de pessoas que precisam
serem medicadas não o são por falta de políticas de saúde pública.
Conforme
registrado no documento, grupos marginalizados, como usuários de drogas e profissionais
do sexo, têm menos chance de receber tratamento que os demais.
O diretor executivo
do Unaids, Michel Sidibé, disse que, "pela primeira vez, podemos dizer que estamos
quebrando a trajetória da epidemia da AIDS, estamos começando a reverte-la. Menos
pessoas estão se infectando e menos pessoas estão morrendo".
Desde o início
da epidemia, nos anos 80, mais de 60 milhões foram infectadas pelo vírus e aproximadamente
30 milhões morreram devido a causas relacionadas à AIDS.
Sidibé alerta, porém,
que essa diminuição não significa "missão cumprida". Ele declarou estar preocupado
com a diminuição das doações globais para o fundo destinado à luta contra a Aids,
o qual está com 10 bilhões de dólares a menos em caixa do que o necessário.
Na
região da África Subsaariana, a mais afetada pela epidemia, só ano de 2009, 1,3 milhões
de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS, e mais 1,8 milhões foram contaminadas.
(ED)