2010-11-18 12:09:29

A justiça no campo da saúde seja uma prioridade dos governos, este o pedido do Papa numa mensagem á conferencia internacional da pastoral da saúde


(18/11/2010) "O mundo da saúde não se pode subtrair as regras morais que o devem governar para que não se torne desumano”. Nesse sentido, é importante instaurar uma verdadeira justiça distributiva que garanta a todos tratamentos adequados. – Sublinha-o Bento XVI, numa mensagem aos participantes na XXV Conferência Internacional do Conselho Pontifício para a pastoral da saúde, que decorre hoje e amanhã no Vaticano tendo como tema “Caritas in veritate. Para um cuidado equitatitvo e humano da saúde”.
A saúde – observa o Papa – é um bem precioso para a pessoa e para a colectividade, bem a promover, conservar e tutelar, com os meios, recursos e energias necessários para que mais pessoas dela possam usufruir. Infelizmente – deplorou o pontífice – ainda hoje permanece o problema de muitas populações do mundo que não têm acesso aos recursos necessários para s satisfazerem as necessidades fundamentais, de modo particular no que diz respeito à saúde.
Na sua mensagem Bento XVI insiste na íntima ligação entre justiça e caridade, na perspectiva cristã. A justiça não é alheia à caridade, não é uma via alternativa ou paralela à caridade. Mais ainda: a justiça é inseparável da caridade, é intrínseca a ela, é a primeira via da caridade.
Os cristãos unem-se a todos os homens de boa vontade no esforço para dar um rosto verdadeiramente humano aos sistemas de saúde. A justiça da saúde deve ser uma das prioridades na agenda dos governos e das instituições internacionais. O que exige, nomeadamente, a tutela da vida desde a concepção até ao seu termo natural, o respeito pela dignidade de cada ser humano, que há que “apoiar e testemunhar sempre, mesmo em contra corrente: os valores éticos fundamentais são património comum da moralidade universal e base da convivência democrática”.
A concluir, o Santo Padre faz um apelo a uma “profunda conversão do olhar interior”. “Só olhando para o mundo com o olhar do Criador – um olhar de amor – é que a humanidade aprenderá a estar na terra, em paz e justiça, destinando com equidade a terra e os seus recursos ao bem de cada homem e de cada mulher. Para tal, Bento XVI preconiza a “adopção de um modelo de desenvolvimento assente na centralidade do seu humano, na promoção e partilha do bem comum, na responsabilidade, na consciência da necessária mudança dos estilos de vida e na prudência, virtude que indica os actos a realizar hoje, em previsão do que pode acontecer amanhã”.








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