San Salvador, 15 nov (RV) - A Universidade Centro-Americana (UCA), em El Salvador,
lembrou, neste fim de semana, os seis jesuítas assassinados, por militares, em 16
de novembro de 1989, na capital San Salvador.
A universidade promoveu uma série
de atividades culturais, vigílias de oração e a tradicional procissão das "Pequenas
lanternas". Segundo o vice-diretor do "Centro Oscar Romero", Rafael de Sivatte, o
evento contou com a participação de pessoas provenientes de todo o país, como também
dos Estados Unidos, Espanha e países da América Central.
"Com essas atividades
procuramos manter viva a presença dos jesuítas assassinados, cuja escolha cristã em
favor dos pobres está ainda viva, não morreu" – disse Sivatte explicando que amanhã,
16 de novembro, será feito um ato acadêmico e celebrada a Eucaristia da qual participam
cerca de 1.200 pessoas.
As atividades comemorativas iniciaram na semana passada
com uma mostra bibliográfica, realizada na Biblioteca da UCA, em memória dos mártires
jesuítas. Os eventos culturais contam com a participação da Pontifícia Universidade
Javeriana de Bogotá, Colômbia, com um documentário intitulado "Chile".
Os seis
jesuítas assassinados em 16 de novembro de 1989 eram 5 espanhóis e um salvadorenho.
Junto com eles foram assassinadas a cozinheira e sua filha.
O massacre foi
uma represália contra a posição crítica dos sacerdotes em relação ao grupo Atlacatl
do Exército salvadorenho, quando se combatia contra a Frente Farabundo Martí de Libertação
Nacional (FMLN), que se tornou um partido e desde junho governa o país. (MJ)