Juiz de Fora, 15 nov (RV) - A esperança da vida eterna nos é dada pelo testemunho
dos apóstolos, pelas palavras de Jesus, que conhecemos e em quem acreditamos, pelos
seus exemplos e suas mensagens de vida (“Eu vim para que todos tenham vida e a tenham
em abundância”).
Ele se fez homem, cresceu entre nós, sofreu – e sofreu muito
– para carregar na sua cruz os nossos pecados e para nos dar segurança e fé em que
uma vida nova foi preparada para cada um de nós (“Eu vou preparar a ceia na casa do
Pai”).
Mas é obvio que Deus quer a nossa participação. Santo Agostinho nos
alerta que “Deus te criou sem ti, mas não te salvará sem ti”. Temos que viver de maneira
agradável a Deus para fazermos jus a esse presente de amor.
Ele é tão paciente
e misericordioso que fica a nossa espera e sempre nos perdoa quando reconhecemos nossas
falhas e nos arrependemos delas, no firme propósito de mudança de vida.
E temos
que reconhecer que, na realidade, o que Ele quer para nós é justamente aquilo que
nos fará bem. Quando nos afastamos do projeto de Deus, estamos trabalhando contra
nós mesmos e, quando nos penitenciamos de nossas culpas e nos esforçamos para seguir
o caminho estreito que nos leva a Deus, estamos trabalhando para a nossa felicidade,
que pode começar aqui mesmo neste mundo e que será plena na ressurreição.
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Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)