MENSAGEM DOS BISPOS ANGOLANOS PELOS 35 ANOS DE INDEPENDÊNCIA DO PAÍS
Luanda, 12 nov (RV) – Angola - um dos principais parceiros comerciais do Brasil
na África e membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) - comemorou,
ontem, 11 de novembro, o seu 35º aniversário de independência nacional. Conforme publicado
pela Agência Fides, os bispos angolanos divulgaram uma nota por essa ocasião, na qual
dizem que “desses 35 anos, 27 anos foram vividos em clima de guerra e oito em clima
de paz. Na época da guerra, muitas feridas foram abertas no coração dos angolanos,
que, felizmente, estão cicatrizando". Os prelados pedem ainda que rezemos, para que
a paz seja completa e duradoura.
No comunicado, lê-se ainda que os bispos
receberam com alegria os progressos registrados nesses oito anos de paz, entre os
quais mencionam "as vias de comunicação, vitais para o progresso" e, "em especial,
as ligações das periferias com a capital, que tiveram um progresso importante”. “Não
com menos alegria - afirmam na nota -, recebemos as escolas estabelecidas nos centros
municipais e estaduais do País, assim como a infra-estrutura de saúde”.
Os
bispos fazem, porém, a ressalva de que há necessidade de mais progressos, "não só
as escolas – dizem eles -, mas também os serviços de saúde básicos devem se estabelecer
nos nossos vilarejos, de modo que cada paciente, e também as parturientes, possam
receber a devida atenção”.
Água potável, eletricidade e sistemas de comunicação
mais modernos são outros dos serviços de base que os prelados consideram importantes
que sejam fornecidos a todos os angolanos. Na nota, pedem também que seja reconhecida
a contribuição da Igreja nas áreas educacional e social: “ajudar a Igreja a reconstruir
as suas escolas e a sua infra-estrutura de saúde não é um privilégio, é ajudá-la a
cooperar melhor para o desenvolvimento do País”.
Como conclusão, os Bispos,
enfim, manifestaram preocupação em relação à violência doméstica.
Também a
Missão Permanente de Angola nas Nações Unidas realizou uma cerimônia comemorativa
dos 35 anos de independência, em Nova York, na qual o embaixador angolano, Ismael
Martins, recebeu dezenas de convidados. Participaram todos os embaixadores de língua
portuguesa, além dos demais representantes permanentes nas Nações Unidas.
Ismael
Martins lembrou a luta pela independência de Portugal, em 1975, e falou sobre a amizade
entre Brasil e Angola. Ambos os países foram eleitos, ao lado de Cabo Verde e Timor-Leste,
para integrar o Conselho Executivo da ONU Mulher, que é a nova instituição para promoção
de igualdade de gênero e autonomia feminina. (ED)