2010-11-07 17:55:36

Multiplicar gestos concretos de solidariedade concreta e constante, mostrando assim que a caridade é o distintivo da nossa condição cristã. Foi o convite do Papa durante a visita á “Obra Benéfica e Social do Menino Jesus”, em Barcelona.


(7/11/2010) “A Igreja é aquele abraço de Deus no qual os homens aprendem a abraçar também os seus irmãos” – tinha declarado o Papa, sábado, na catedral de Santiago, depois do tradicional “abraço” à imagem do Apóstolo, rito dos peregrinos de Compostela.
Antes de regressar a Roma, na conclusão destes dois dias em Espanha, Bento XVI concretizou isto mesmo, na tarde deste domingo, deslocando-se a uma Casa de acompanhamento de pessoas deficientes: a “Obra Benéfica e Social do Menino Jesus”, em Barcelona, instituição fundada há uns 120 anos e dirigida pelas Irmãs Franciscanas do Sagrado Coração.
Foi uma maneira de “abraçar” as crianças e jovens ali acolhidos, mas também tantas pessoas que se dedicam, aqui ou em qualquer outra parte, ao serviço dos mais desprotegidos. O Papa quis exprimir igualmente o seu reconhecimento às autoridades e a todos os que contribuem para manter estas obras sociais, bem necessárias por maioria de razão nestes tempos de crise económica e social, como o disse expressamente o próprio Bento XVI, falando em catalão:

“Nestes momentos em que muitos lares enfrentam sérias dificuldades económicas, os discípulos de Cristo temos que multiplicar gestos concretos de solidariedade efectiva e constante, para qye seja claro que é a caridade o distintivo da nossa condição cristã”.

Aludindo à igreja da Sagrada Família, da celebração da manhã, o Papa sublinhou que, se “o templo é sinal do verdadeiro santuário entre Deus e os homens”, o facto é que, “para o cristão, todo o homem é um verdadeiro santuário de Deus, a tratar com grande respeito e carinho, sobretudo quando se encontra em necessidade”.

Pode-se desde já dizer, num primeiro balanço geral desta viagem papal, que a insistência na dimensão social do testemunho cristão constituiu uma das constantes das intervenções públicas do Papa. Na homilia de Santiago, por exemplo, antes ainda de falar da tragédia que constitui para a Europa a percepção de Deus como inimigo da liberdade do homem, Bento XVI recordara “a humildade de Cristo” que veio “para servir e não para ser servido”. “Um serviço que (sublinhou) não se mede por critérios mundanos do imediato, do mundano, do que dá nas vistas”. Trata-se antes de “tornar presente o amor de Deus”, com “os gestos mais simples”. Um “novo modo de relacionar-se, baseado na lógica do amor e do serviço”.
Foi o que todos aqui puderam ver, através das imagens televisivas, no encontro caseiro, familiar, na máxima simplicidade, último encontro desta décima oitava viagem apostólica de Bento XVI fora de Itália.
De Espanha, para a RV, PG








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