2010-11-07 11:24:10

Confronto e afrontamento entre fé e modernidade na viagem do Papa á Espanha; o enviado da Rádio Vaticano Pacheco Gonçalves


(7/11/2010) Todos os jornais espanhóis deste domingo referem em primeira página uma das afirmações centrais da conferência de imprensa improvisada de sábado de manhã, até porque dizia directamente respeito às tensões vividas em Espanha, agora como no passado, entre crentes e não crentes, católicos e não católicos, homens de fé e laicos. Neste “confronto” e “afrontamento” entre fé e modernidade, Bento XVI deplorou o laicismo de “um secularismo forte e agressivo”, que se configura mesmo com “anticlericalismo” e evoca os anos 30 (do século passado, da guerra civil espanhola).
O tom do Papa era sereno, positivo, sem agressividade polémica. Dirigindo-se não só aos opositores da fé e da Igreja, mas também aos próprios fiéis espanhóis, por vezes não isentos, também eles, daquela agressividade deplorada. Bento XVI propôs empenhadamente um encontro entre fé e modernidade, que substitua e supere a contraposição polémica. Será esse o modo de assegurar à Espanha e à Europa aquela renovação na continuidade em que (como referiu o Papa na homilia de Santiago) nada se perca dos tesouros – não só religiosos, mas também filosóficos, artísticos, culturais, sociais – frutos da inspiração e criatividade das variadas tradições que estão na base da Europa.
É à luz destas propostas abertas ao futuro, cheias de esperança e do optimismo da fé, que assume toda a sua dimensão o impressionante “espectáculo” de pura beleza que a missa de consagração do templo de Gaudi proporcionou, uma celebração da Luz da criação, da vastidão da Natureza oferecida por Deus ao homem e das suas possibilidades de expressão artística sob todas as formas.
Sobre Gaudì e especialmente a igreja da Sagrada Família, recolhemos o parecer (testemunho) de alguém que a estudou de perto, in loco, António Marujo… RealAudioMP3








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