A dignidade do ser humano tem como pressuposto o pleno respeito da sua dimensão interior
e transcendente “
(6/11/2010) "O reconhecimento da dignidade de cada um tem como pressuposto o pleno
respeito da dimensão interior e transcendente da pessoa humana". Com estas palavras
iniciou a sua intervenção, quinta-feira, o observador permanente da Santa Sé junto
da ONU em Nova Iorque Dom Francis Chullikatt, perante a Assembleia das Nações Unidas
O representante da Santa Sé salientou a importância da liberdade de consciência
em relação à liberdade religiosa, conforme os ditames da Declaração Universal dos
Direitos Humanos de 1948. "Para tanto – disse Dom Francis – os governos têm a solene
responsabilidade de salvaguardar esse direito inalienável, sem o negligenciar, permitindo
que seja ridicularizado e obrigando os fiéis a conviver com perseguições."
Referindo-se
ao recente ataque à igreja cristã em Bagdade, o prelado chamou a atenção para as dificuldades
que os cristãos enfrentam em diversas partes do mundo.
Dom Chullikatt falou
também dos temas da educação e do matrimónio , o qual, segundo ele, "prescinde de
qualquer reconhecimento das autoridades públicas, às quais cabe reconhecê-lo e tutelá-lo".
"Os instrumentos internacionais – declarou – reiteram constantemente o direito
e a responsabilidade dos pais para com a educação dos filhos, e tais instrumentos
também estabelecem correctamente que as opções educativas dos filhos são direito
dos pais".
Dom Francis concluiu a sua intervenção insistindo no facto de que
"os direitos humanos estão fundados na dignidade da pessoa, e esses direitos inalienáveis
enraizados na ordem moral natural, sendo esta percebida pela razão, que é universal".