2010-11-02 13:59:10

Congresso das ordens e congregações religiosas começou hoje em Lisboa: D. José Policarpo destaca importância das Ordens religiosas para compreender Portugal e apela à «autenticidade», valorizando esforço de historiadores e investigadores


(2/11/2010) Perceber o papel das Ordens Religiosas, em Portugal e no mundo, nas suas mais diversas perspectivas, ângulos ou metamorfoses, é o principal objectivo do Congresso Internacional das Ordens e Congregações Religiosas em Portugal: Memória, Presença e Diásporas, que se realiza entre 2 e 5 de Novembro, em Lisboa.
O evento , que se realiza na Fundação Calouste Gulbenkian, conta com cerca de 200 conferencistas, vindos dos mais diversos países do mundo, e ainda com a participação de mais de 500 pessoas.
Destaque para a presença de diversas figuras nacionais e institucionais, entre as quais D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa; Mário Soares, antigo presidente da República Portuguesa, e Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas.
O Cardeal-Patriarca de Lisboa defendeu que não é possível compreender a identidade de Portugal, no seu território nacional e nas presenças em muitas partes do mundo, sem ter presente a acção das ordens e congregações religiosas.
Para D. José Policarpo, através das ordens e congregações religiosas, a “Igreja relacionou-se com a sociedade com o que tinha de melhor”.
Intervindo na sessão de abertura do Congresso o Cardeal-Patriarca afirmou a importância do conhecimento histórico e identitário das ordens e congregações para a compreensão de Portugal, não só da sua História, mas sobretudo do seu futuro.
No quadro de uma identidade cultural e nacional enraizada no catolicismo ou, como recordou D. José Policarpo, numa matriz judaico-cristã, para compreender Portugal é preciso ter sempre presente as relações do Estado com as igrejas, nomeadamente com a Igreja Católica.
Para D. José Policarpo, as ordens e congregações religiosas têm um papel “decisivo” nesse relacionamento histórico e institucional.
D. José Policarpo valorizou a investigação em curso sobre as ordens e congregações religiosas em Portugal, em que se insere este Congresso. “Um longo processo de estudo e investigação que traz à ribalta algo de muito significativo para a recuperação cultural da nossa comunidade nacional”.
Dirigindo-se aos congressistas presentes, nomeadamente aos membros de congregações religiosas, referiu que os resultados da investigação científica constituem sobretudo desafios à “autenticidade”.
“Aceitemos o desafio da nova evangelização. Não se trata de ‘estratégia política’, antes um desafio de radicalidade, da fidelidade a Jesus Cristo e ao Evangelho, de utopia da comunhão, da ousadia da caridade”, prosseguiu.
Na sessão de abertura deste Congresso, José Eduardo Franco, coordenador geral do Congresso, valorizou a possibilidade, passados 100 anos da implantação da República, ser possível congregar uma variedade de saberes para apresentar, em liberdade, a identidade e os projectos desenvolvidos pelas ordens congregações religiosas em Portugal.








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