IGREJA SÍRIO-CATÓLICA EM BAGDÁ INVADIDA POR COMANDO ARMADO: DEZENAS OS MORTOS
Cidade do Vaticano, 1º nov (RV) - A Igreja sírio-católica de Nossa Senhora
do Socorro, em Bagdá, foi invadida por um comando armado que entrou no prédio, explodindo
um carro-bomba. Os agressores tomaram como reféns os fiéis que estavam participando
da Santa Missa. Em seguida a intervenção de forças de segurança que libertaram os
reféns. Segundo informações da imprensa internacional os mortos seriam pelo menos
50 e os feridos 80. “Nós rezamos pelas vítimas deste terrível atentado e pelos terroristas
para que seus corações se convertam”: disse o Bispo Auxiliar de Bagdá dos Caldeus,
Dom Shlemon Warduni. O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi
falou da preocupação da Santa Sé por esse dramático episódio, fazendo votos de que
não haja mais violência.
As fontes locais explicaram que as mortes ocorreram
durante enfrentamentos entre agentes da Polícia antiterrorista e os agressores, que
invadiram no domingo à noite a igreja de Sayida An Nayá (Nossa Senhora do Socorro,
em árabe).
Entre os mortos estão os cinco homens armados que realizaram o ataque,
sete policiais e outras 38 pessoas, entre elas reféns e civis. O número de mortos
pode aumentar, pois alguns feridos estão em estado grave.
O ministro da Defesa
iraquiana, Abdel Kader Mohammed Jassim, afirmou à imprensa que a libertação dos reféns,
que durou duas horas, ocorreu “com sucesso”. Jassim disse ainda que os homens pediam
a libertação de alguns presos no Iraque e Egito, e acrescentou que alguns dos agressores
não eram iraquianos.
A Polícia informou em um primeiro momento que tinham morrido
sete pessoas e 20 tinham ficado feridas em um enfrentamento com um grupo de insurgentes,
que se refugiaram no templo após ataque contra a sede da Bolsa de Bagdá.
O
grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque, um conglomerado de grupos armados dirigido
pela Al Qaeda, assumiu a autoria do ataque.
Em comunicado divulgado ontem,
domingo, a rede terrorista afirmou que tinha realizado a ação para exigir a libertação
“das muçulmanas detidas nas prisões dos cristãos do Egito”.
Estas exigências
parecem estar relacionadas com uma recente polêmica suscitada no Egito pela suposta
conversão, mais tarde desmentida, de uma cristã ao islã, identificada como Camélia
Shahata. (SP)