MÉXICO: IGREJA DENUNCIA AUMENTO DA VIOLÊNCIA

Oaxaca, 27 out (RV) - "Precisamos que as autoridades tomem o controle da situação, mostrando liderança e responsabilidade nesta luta, porque se trata de uma verdadeira emergência social e de sobrevivência para muitos cidadãos de Oaxaca", é o que afirma numa nota, o Arcebispo de Antequera-Oaxaca, no México, Dom José Luis Chávez Botello.

Conforme noticiado pela imprensa local, os cidadãos condenam o assassinato de Catarino Torres Pereda, líder da Comissão de Defesa dos Cidadãos (CODECI), ocorrido na cidade de Tuxtepec, e de Heriberto Pazos Ortiz, líder do Movimento de Unificação Triqui (MULT), assassinado em Oaxaca. Trata-se de dois líderes políticos assassinados por causa de suas atividades nos movimentos sociais e em defesa do movimento indígena no país.

Os bispos do Estado de Oaxaca denunciam algumas causas profundas de corrupção, injustiça e violência: a pobreza opressiva da injustiça social, a baixa qualidade de instrução, a divisão e as contínuas lutas entre comunidades, grupos e setores da sociedade mexicana.

"É impossível usufruir da liberdade e crescer na democracia se, como sociedade, não fazemos nada para reduzir a pobreza, melhorar a qualidade da educação e promover a reconciliação social em Oaxaca", conclui o arcebispo.

A violência no México aumentou nos últimos anos. Na última segunda-feira, 25 deste mês, foram enterrados 14 jovens assassinados por um grupo de homens armados em Ciudad Juarez, considerada uma das cidades mais violenta do México, onde nos últimos três anos foram perpetrados mais de seis mil homicídios por parte do crime organizado. (MJ)