2010-10-26 12:05:28

GUATEMALA: IGREJA REITERA COMPROMISSO PELA VIDA DIANTE DA PENA DE MORTE


Cidade da Guatemala, 26 out (RV) - A comunidade internacional expressou preocupação por uma resolução do Congresso da Guatemala que deposita nas mãos do Presidente da República a decisão de aplicar ou não a pena de morte por injeção letal para os condenados por tribunais de justiça.

A Igreja Católica na Guatemala, por meio da Conferência Episcopal, expressou-se várias vezes a favor da vida, um dos pontos principais de seu compromisso pastoral.

Na carta pastoral intitulada "A Glória de Deus é o homem vivo", de 20 de abril de 2007, os bispos afirmam: "A Igreja, com sua benéfica presença em todos os segmentos da sociedade, não pode renunciar à sua clara missão de ser, como o seu fundador, Jesus Cristo, fiel defensora da vida".

A União Europeia (UE), um dos maiores parceiros para o desenvolvimento da Guatemala, deplorou a resolução dos deputados locais, considerando-a um sinal preocupante enviado à comunidade internacional justamente quando se registra um consenso global em defesa da abolição universal da pena de morte.

Na Guatemala, que tentou realizar – sem resultados – a reforma do sistema judiciário e da segurança pública, existem 41 prisioneiros condenados à morte por seqüestro ou homicídio. Guatemala, Cuba e Estados Unidos são os únicos países da América em que ainda vigora a pena de morte.

Na Guatemala a pena de morte estava suspensa desde o governo do Presidente Alfonso Portillo, de 2000 a 2004. A possível retomada da pena de morte, com a iniciativa da graça presidencial adotada no último dia 5, pelos deputados, passa agora sob a responsabilidade do presidente Álvaro Colom.

A União Europeia frisou que a violência e o crime organizado são um grande problema na Guatemala e ressaltou que as autoridades desse país da América Central deveriam trabalhar pela progressiva abolição da pena de morte.

O Presidente Colom já afirmou que recusa a responsabilidade de decidir se administrará ou não a injeção letal a um condenado. A restituição ao presidente do poder de conceder ou negar a graça aos detentos condenados à morte por injeção letal foi proposta por vários partidos políticos com a motivação de combate à criminalidade que aflige a nação. (MJ)







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