Dia Mundial das Missões um desafio para os católicos
(23/10/2010) Este ano o Domingo 24 de Outubro é, em todo o mundo, um motivo de reflexão
para os católicos a respeito do seu compromisso missionário. A celebração do Dia
Mundial das Missões é marcada em Portugal pela recente publicação da Carta Pastoral
“Para um Rosto Missionário da Igreja em Portugal quemarca uma viragem e desafia as
dioceses portuguesas a criar um Centro Missionário para que em todas as áreas da pastoral
da Igreja a “missão universal” esteja presente. Nos centros devem trabalhar “as
forças missionárias a operar na Diocese, integrando sacerdotes, religiosos, religiosas
e leigos”. “Devem surgir Grupos Missionários Paroquiais, laboratórios missionários,
células paroquiais de evangelização que trabalhem com os Obras Missionárias Pontifícias
e os Centros de animação missionária dos Institutos Missionários”, pode ler-se. Nesse
sentido, o Centro Missionário Diocesano deverá ser o “principal centro propulsor da
consciência” e do “empenho missionário da Igreja Diocesana”, estimulando e dando a
conhecer as iniciativas missionárias, “assegurando o mais fecundo relacionamento entre
a comunidade local e os seus missionários” e velando por uma “boa implantação das
OMP no espaço diocesano”. A Carta Pastoral “Para um Rosto Missionário da Igreja
em Portugal” resulta do Congresso Missionário Nacional, realizado em Setembro de 2008
que, reflectiu a necessidade da “elaboração de um documento-base” que animasse e orientasse
a missão em Portugal. Na sua mensagem para a celebração do próximo domingo,
Bento XVI reconhece que o Dia Missionário é ocasião excelente para que “as Comunidades
diocesanas e paroquiais, os Institutos de Vida Consagrada, os Movimentos Eclesiais
e todo o Povo de Deus, possam renovar o compromisso de anunciar o Evangelho e dar
às actividades pastorais um ímpeto missionário mais amplo”. Acrescenta ainda que
“este encontro anual convida-nos a viver intensamente os percursos litúrgicos e catequéticos,
caritativos e culturais, mediante os quais Jesus Cristo nos convoca à mesa da sua
Palavra e da Eucaristia, para saborear o dom da sua Presença, formar-nos na sua escola
e viver cada vez mais conscientemente unidos a Ele, Mestre e Senhor. É Ele mesmo quem
nos diz: “Aquele que me ama será amado por meu Pai: Eu amá-lo-ei e manifestar-me-ei
a ele”“. Insiste o Papa que “só a partir deste encontro com o Amor de Deus, que
muda a existência, podemos viver em comunhão com Ele e entre nós, e oferecer aos irmãos
um testemunho credível, explicando a razão da nossa esperança”. Consequentemente,
sublinha Bento XVI: “uma fé adulta, capaz de se confiar totalmente a Deus com atitude
filial, alimentada pela oração, pela meditação da Palavra de Deus e pelo estudo das
verdades da fé, é uma condição para poder promover um novo humanismo, fundamentado
no Evangelho de Jesus”. Além disso, ressalta que no mês de Outubro, quando se retomam
em muitos países as diversas actividades eclesiais depois da pausa do Verão, “a Igreja
convida a aprender de Maria, mediante a oração do Santo Terço, a contemplar o desígnio
de amor do Pai sobre a humanidade, para a amar como Ele a ama, pois este é também
o sentido da missão”.