Campanha, 23 out (RV) - A parábola do fariseu e do publicano somente se encontra
em Lucas e contrapõe duas atitudes: a do fariseu, que pensa ganhar a salvação com
seu próprio esforço, e a do publicano, que reconhece a sua condição de pecador e pede
a Deus a conversão.
Como o fariseu, ignoramos muitas vezes, que a oração consiste
em reconhecer a grandeza de Deus e o nosso mínimo valor diante d’Ele. Imaginamos que,
se o mundo vai mal, a culpa é sempre dos outros e nunca nossa. Sempre nos julgamos
suficientemente justos, bons, puros, gente de bem. E o mundo continua cheio de desonestos.
Outro erro que cometemos é querer resolver nossas relações com Deus sob um aspecto
quantitativo.
O publicano sente-se pequeno e, por isso, sai do templo justificado.
Enfim, o tema da oração nos incomoda, exigindo que saiamos de nosso comodismo farisaico.
Deus torna justo aquele que o busca com fé.
Portanto, podemos encontrar na
parábola duas mensagens que nos façam refletir e agir: uma sobre a oração. Oração
não é uma máscara sob a qual se continua a levar uma vida banal, comum, qualquer.
O essencial em nossa vida é sabermos nos apresentar como pobres.
Na outra mensagem,
o texto deixa bem claro que devemos não buscar a “justiça” por nossas próprias obras
mas mudar de atitude e nos convertermos ao Evangelho da graça.
Padre Wagner
Augusto Portugal Vigário Judicial da Diocese da Campanha (MG)