Cidade do Vaticano, 23 out (RV) - É comum encontrarmo-nos no dia-a-dia com
jovens que não possuem perspectiva de futuro e com uma vida absolutamente carente
de autênticos valores. Muitas vezes a própria vida não tem valor.
Perguntamo-nos
o por quê dessa geração ser assim? Se pararmos e fizermos, como cidadãos desta
época, como corresponsáveis pelo mundo onde eles vivem, com certeza bateremos no nosso
peito e nos confessaremos omissos. Quais os modelos de homem e de mulher que eles
possuem?
Nosso cinema, nossas novelas e nossa literatura, com o fito de serem
bastante reais apresentam caricaturas de seres humanos: pessoas viciadas, drogadas,
ávidas de dinheiro e de poder, pessoas egocêntricas que se colocam acima de qualquer
valor. A consequência dessa pedagogia é o mundo que temos, os contravalores vivenciados,
enfim, uma juventude envelhecida e sem futuro.
Também se formos olhar para
muitas famílias, vemos pseudofamílias onde encontramos relacionamentos sem carinho,
sem amor verdadeiro, apenas congregando pessoas por conveniências ou por imposições
da natureza.
Dentro deste novo mundo velho, o Papa Bento XVI canonizou no domingo
passado seis novos santos. Esse ato pode ser interpretado como a proposta de seis
modelos para nossos jovens e também para os adultos.
São homens e mulheres
que viveram em diferentess épocas e diversos países, com suas histórias variadas,
repletas de situações difíceis e de privações e que souberam responder positivamente
ao convite para uma vida feliz.
Esses sim, foram homens e não caricaturas,
já que enfrentaram as dificuldades e lutaram contra toda a corrente que os conduziam
à morte. Tiveram para guiá-los o Evangelho de Jesus Cristo e um ambiente saudável,
apesar das inúmeras limitações de que era permeado.
Proponhamos aos nossos
jovens modelos autenticos de homens e mulheres realizados, lutadores, cheios de garra
e sabendo o que querem; homens e mulheres que não se identificam com qualquer um,
mas almejando o máximo, buscam a identificação com Jesus Cristo, o Deus feito homem.
(CAS)