2010-10-21 15:40:54

BULGÁRIA: LÍDER EM ABANDONO DE MENORES NA EUROPA


Sofia, 21 out (RV) – Triste primado para a Bulgária: o país ocupa o primeiro lugar no ranking europeu de abandono de menores com menos de três anos de idade.

Só nos últimos 12 meses, foram abandonadas nos orfanatos, 2.094 crianças, 1.400 das quais com menos de um ano de vida.

Para combater essa tendência, a cidade de Plovdiv, por meio de uma iniciativa do vice-prefeito Georgi Tarnovaliyski, lançou e está promovendo a campanha "Seja genitor". A campanha exorta a um empenho concreto, a fim de prevenir o aumento do índice de abandono de menores, apoiando fortemente, a manutenção e o crescimento das crianças no âmbito de suas famílias.

Em 2009, só na localidade de Plovdiv, 20 mulheres receberam assistência do conjunto de serviços sociais, o que fez com que mais da metade delas tenha decidido manter consigo os próprios filhos. Um resultado significativo ainda que muito pequeno para combater, efetivamente, a tendência do abandono de menores no país, que continua muito elevada.

Dentre os problemas que a Bulgária enfrenta, merece destaque a questão ligada aos Institutos para Menores – uma herança do passado que, em alguns casos, repercute dramaticamente sobre as crianças.

Ainda hoje, existem no país, 131 desses institutos que hospedam 6.336 crianças. Nessas estruturas, frequentemente faltam as mais elementares condições para garantir aos menores uma existência serena. De fato, nos últimos dez anos, quase 250 crianças deficientes mentais – hóspedes desses institutos – morreram, por negligência ou vítimas da violência.

Sobre essas mortes ainda estão em andamento inquéritos em alguns desses institutos, onde estão hospedadas cerca de 1.350 crianças com algum tipo de deficiência mental.

A Bulgária – país que passou a fazer parte, recentemente, da União Europeia – está-se adequando lentamente aos padrões da UE também no âmbito social. Os fundos estruturais e o fundo social são destinados a programas de institucionalização que visam – no prazo de três anos – ao fechamento desses institutos, substituindo-os por formas alternativas de acolhimento das crianças. (AF)







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