2010-10-18 13:33:35

O empenho da Igreja em “tutelar e fomentar a dignidade da pessoa humana”, no discurso do Papa ao novo Embaixador da Colômbia junto da Santa Sé


(18/10/2010) No exercício da sua missão, a Igreja não exige qualquer privilégio, deseja apenas servir todos os que lhe abrirem o coração e, em geral, todos os que têm necessidade de apoio. Assegurou-o o Santo Padre, recebendo nesta segunda-feira de manhã, o novo Embaixador da Colômbia, César Velásquez Ossa, para a apresentação das respectivas Cartas Credenciais.
Bento XVI recordou que desde a chegada dos espanhóis à América, a Igreja católica sempre desempenhou “um papel primordial e decisivo” na vida da Colômbia, “presente em cada uma das etapas do (seu) devir histórico”. Referindo os tantos bispos, padres, religiosos e leigos que deixaram marcas inapagáveis nos mais variados âmbitos – cultura, arte, saúde, convivência social, construção da paz, o Papa sublinhou que “se trata de um património espiritual que germinou ao longo dos anos e em todos os recantos da Colômbia, em inúmeras e frutuosas realizações humanas, espirituais e materiais”.
Nesta “apaixonante tarefa” a bem da pátria – assegurou Bento XVI – “a Igreja na Colômbia não exige nenhum privilégio. Aspira unicamente a servir os fiéis e todos os que lhe abrirem as portas do seu coração, com a mão estendida e sempre disposta a fortalecer tudo o que promova a educação das novas gerações, o cuidado dos enfermos e idosos, o respeito dos povos indígenas e as suas legítimas tradições, a erradicação da pobreza, do narcotráfico e da corrupção, a atenção aos presos, deslocados, emigrantes e trabalhadores, assim como a assistência às famílias em necessidade.
Recordando as “cordiais relações” e a “mútua cooperação” oficialmente existente desde há 165 anos entre a Santa Sé e a República da Colômbia, Bento XVI manifestou uma vez mais o empenho da Igreja em “tutelar e fomentar a dignidade da pessoa humana”, para o que é fundamental “que o ordenamento jurídico respeite a lei natural em áreas tão essenciais como a salvaguarda da vida humana, desde a concepção até ao fim natural; o direito a nascer e a viver numa família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, ou o direito dos pais a que os filhos recebam uma educação em conformidade com os seus próprios critérios morais ou crenças”. Trata-se – considerou o Papa – de “pilares insubstituíveis na edificação de uma sociedade verdadeiramente digna do homem e dos valores que lhe são consubstanciais”.








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