2010-10-17 16:38:58

REFLEXÃO SOBRE A LITURGIA DO XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM


Cidade do Vaticano, 17 out (RV) - A primeira leitura nos relata um fato muito interessante que, em si, já contêm uma mensagem. O Povo judeu está lutando contra os amalecitas e enquanto Josué campeia contra o adversário, Moisés suplica ao Senhor pela vitória de Seu Povo.

O texto nos adverte sobre a supremacia da oração em relação à ação humana. É preciso agir, mas antes de tudo, é preciso contar com o apoio divino. Ele sustentará nossa ação. Orar sem cessar!

O fato de Moisés ficar cansado e Aarão e Hur sustentarem seus braços levantados até o final da batalha, deve ser acolhido como mensagem para estarmos sempre orando, da manhã à noite, durante toda nossa vida, sem nos deixarmos vencer pelo cansaço. Orar sem cessar, eis a força do homem!

No Evangelho Jesus responde a uma inquietação de nosso coração quando vê tantas injustiças, quando clama a Deus que ponha um fim a tanto absurdo e parece que não somos escutados. Jesus, na párabola apresentada pela liturgia deste domingo, nos dá o seguinte recado: muitas vezes, aparentemente, o Pai permanece em silêncio e demora a fazer justiça, mas essa justiça aparecerá.

No momento deveremos ser pacientes, esperar a hora da manifestação do Senhor. Não poderemos exigir que o mundo chegue à perfeição de um dia para o outro. Deus é paciente e respeita o nosso ritmo e espera que cada um se abra espontaneamente à vida. O importante é não desanimar, esperar e rezar sem cessar, isto é, manter-se em permanente diálogo com Deus. Jamais tomar alguma decisão sem antes consultar o Senhor.

Quando Moisés parava de rezar, de “consultar o Senhor”, o povo ficava em situação adversa, mas quando levantava seus braços, o Povo vencia. Devemos estar sempre com o coração e a mente voltados para o Senhor nosso Deus e nosso Pai, e então seremos sempre vitoriosos, mesmo que haja alguma demora, mas seremos possuidores da serenidade e da certeza de que o Senhor está ao nosso lado, o Senhor que é Vida, o Senhor poderoso no combate.

O Evangelho nos fala da viúva que não cessa de interpelar o iníquo juiz pedindo justiça.
Essa parábola, contada por Jesus, nos ajuda a entender que é necessário estar sempre em diálogo com o Senhor, crendo que Ele nos ama, nos escuta e nos atende, mesmo que aparentemente demore. E como diz a sabedoria dos antigos: “a justiça de Deus pode tardar, mas não falha”. O Seu tempo não é o nosso! RealAudioMP3

Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J







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