Campanha, 17 out (RV) - Estamos vivenciando o mês das missões. Todos/as batizados/as
são chamados a serem discípulos missionários de Jesus Cristo. Muitos não têm consciência
dessa vocação. Somos nós, pastores, que devemos formar nossos fiéis para a dimensão
missionária da vida cristã. Tantas vezes nós mesmos, acomodados na mesmice de nosso
dia-a-dia, temos dificuldade em nos dispormos a um trabalho mais animado e dinâmico.
Precisamos imbuir-nos de ardor missionário.
Na sua mensagem para o Dia Mundial
das Missões, o Papa Bento XVI afirma que precisamos realizar um trabalho pastoral
de conjunto, para que possamos construir a comunhão eclesial. Ele a chama de “Chave
da Missão”. Ao mesmo tempo diz que se faz necessária uma verdadeira conversão pastoral,
como também afirma o documento de Aparecida.
Entre nós há também pessoas que,
como há dois mil anos atrás, “querem ver Jesus”. Sobretudo os jovens nos questionam.
Precisamos de comunidades acolhedoras, para anunciar-lhes o Senhor. Isso não acontece
somente com palavras. É preciso coerência de vida. Aproveitemos os encontros de preparação
para a Crisma, a fim de animar os adolescentes e jovens a se tornarem missionários
de seus colegas de idade, de estudo e de trabalho. E até mesmo dentro da própria família.
Na
Eucaristia, diz o Santo Padre, a Igreja torna-se comunhão de amor. Esse amor não é
experiência intimista. Deve ser proclamado a todos/as, nos cinco continentes. Temos
dificuldade de sair para longe. Contudo, com um pouco de esforço, poderíamos colaborar
mais com a nossa Igreja-Irmã, Bragança do Pará, aonde enviamos os acólitos após a
conclusão do curso de teologia...
O Papa também encoraja todos nós a orarmos
e colaborarmos com as Missões. O mesmo nos pedem as Pontifícias Obras Missionárias,
em Brasília, convocando-nos para a partilha. Em continuidade à Campanha da Fraternidade
de 2010, lembram-nos que Deus continua ouvindo o clamor do povo que carece de libertação.
Na Amazônia legal e nas periferias das cidades, existem situações deploráveis de escravidão,
abandono, violência e múltiplas carências espirituais e materiais. Nosso óbolo missionário
pode minorar essa realidade, patrocinando projetos de promoção e de defesa da dignidade
das pessoas.