2010-10-17 17:16:53

MISSIONÁRIOS POR VOCAÇÃO


Campanha, 17 out (RV) - Estamos vivenciando o mês das missões. Todos/as batizados/as são chamados a serem discípulos missionários de Jesus Cristo. Muitos não têm consciência dessa vocação. Somos nós, pastores, que devemos formar nossos fiéis para a dimensão missionária da vida cristã. Tantas vezes nós mesmos, acomodados na mesmice de nosso dia-a-dia, temos dificuldade em nos dispormos a um trabalho mais animado e dinâmico. Precisamos imbuir-nos de ardor missionário.

Na sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, o Papa Bento XVI afirma que precisamos realizar um trabalho pastoral de conjunto, para que possamos construir a comunhão eclesial. Ele a chama de “Chave da Missão”. Ao mesmo tempo diz que se faz necessária uma verdadeira conversão pastoral, como também afirma o documento de Aparecida.

Entre nós há também pessoas que, como há dois mil anos atrás, “querem ver Jesus”. Sobretudo os jovens nos questionam. Precisamos de comunidades acolhedoras, para anunciar-lhes o Senhor. Isso não acontece somente com palavras. É preciso coerência de vida. Aproveitemos os encontros de preparação para a Crisma, a fim de animar os adolescentes e jovens a se tornarem missionários de seus colegas de idade, de estudo e de trabalho. E até mesmo dentro da própria família.

Na Eucaristia, diz o Santo Padre, a Igreja torna-se comunhão de amor. Esse amor não é experiência intimista. Deve ser proclamado a todos/as, nos cinco continentes. Temos dificuldade de sair para longe. Contudo, com um pouco de esforço, poderíamos colaborar mais com a nossa Igreja-Irmã, Bragança do Pará, aonde enviamos os acólitos após a conclusão do curso de teologia...

O Papa também encoraja todos nós a orarmos e colaborarmos com as Missões. O mesmo nos pedem as Pontifícias Obras Missionárias, em Brasília, convocando-nos para a partilha. Em continuidade à Campanha da Fraternidade de 2010, lembram-nos que Deus continua ouvindo o clamor do povo que carece de libertação. Na Amazônia legal e nas periferias das cidades, existem situações deploráveis de escravidão, abandono, violência e múltiplas carências espirituais e materiais. Nosso óbolo missionário pode minorar essa realidade, patrocinando projetos de promoção e de defesa da dignidade das pessoas.


† Fr. Diamantino P. de Carvalho, ofm

Bispo da Diocese da Campanha / MG







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