Cidade do Vaticano 15 out (RV) - “O bem comum é o que constrói e qualifica
a cidade dos homens, o critério fundamental da vida social e política”: Foi o que
escreveu o Papa Bento XVI na mensagem enviada ao Arcebispo de Gênova e Presidente
da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco por ocasião da 46º Semana
Social dos católicos italianos, que teve início na tarde de ontem, quinta-feira, na
cidade de Reggio Calabria. A semana Social tem como tema “Uma agenda de esperança
para o futuro do país”. O Papa olhando para os problemas econômicos e sociais do país
sublinhou a centralidade da família, a importância da integração e relançou o desafio
cultural e político dos católicos.
É a partir das consequências da recente
crise financeira global como o “aumento do desemprego e da insegurança” que favorecem
“a tentação de desanimar e perder o rumo” que Bento XVI chamou a atenção sobre o conceito
de bem comum, entendido no seu conceito mais amplo, ou seja, exigência de justiça
e de caridade.
“O problema não é apenas econômico - escreveu o Papa -, mas
acima de tudo cultural e se reflete em particular na crise demográfica, na dificuldade
de valorizar plenamente o papel das mulheres, na dificuldade de tantos adultos em
conceberem-se e agirem como educadores”. “Central - observou o Papa – a insubstituível
função social desempenhada pela família, coração da vida afetiva e relacional”. O
Papa pediu então a todos os sujeitos institucionais e sociais que apóiem a família.
Bento
XVI renovou ainda o apelo “para que surja uma nova geração de políticos católicos,
sem complexos de inferioridade”. Um compromisso porém que não pode ser separado de
um “caminho de formação intelectual e moral que, partindo das grandes verdades sobre
Deus, o homem e o mundo, forneça critérios de avaliação e os princípios éticos para
interpretar o bem de todos”. “Para a Igreja na Itália – reafirmou o Papa – trata-se
de apostar na formação de consciências cristãs maduras”, “com espírito de serviço,
coerente com a fé professada”.
Olhando para o fenômeno da migração, Bento XVI
pede uma ação unânime para que sejam individuados em plena conformidade com a lei,
os termos de integração e se procure erradicar as causas do êxodo forçado. E ao reconhecer
o papel preponderante dos imigrantes - acrescentou - nos sentimos chamados a apresentar
a eles o Evangelho, a mensagem de salvação e de vida em abundância para cada homem
e mulher. (SP)