Santa Sé na ONU sobre promoção da mulher e urgência do desarmamento para o desenvolvimento
dos povos
(14/10/2010) A promoção das mulheres em cada pais e a urgência do desarmamento no
mundo inteiro são duas questões cruciais para o desenvolvimento dos povos, como defendeu
a delegação da Santa Sé no âmbito da 65 assembleia geral das Nações Unidas que decorre
em Nova Iorque. O futuro bem-estar da comunidade humana depende em grande parte
da capacidade dos governos e da sociedade civil de respeitar verdadeiramente as mulheres,
a sua dignidade e o seu valor. Foi o que afirmou Cathy Murphy, conselheira da missão
da Santa Sé, falando em nome do observador permamente da Santa Sé junto das Nações
Unidas em Nova Iorque, o arcebispo Francis Chullikatt. A Santa Sé, aliada com outros
países que estão a reforçar a sua legislação para contrastar a violência contra as
mulheres e aumentando os recursos a favor das vitimas, e aplaudindo os passos que
foram dados para promover a condição das mulheres, está bem consciente do facto que
é necessário fazer muito mais e por isso manifesta a esperança de que a nova agencia
dedicada ás mulheres, criada a 2 de Julho passado, será capaz de prestar uma assistência
real a todos os Estados a favor das mulheres e das mães em qualquer parte do mundo. Cathy
Murphy chamando a atenção para o trafico de pessoas indicou alguns factores que tornam
as mulheres e as crianças mais vulneráveis á escravidão moderna: a pobreza, o desemprego
e a falta de oportunidade educativas, invocando leis melhores contra a prostituição,
a pornografia infantil e a exploração sexual, exclamando que a pessoa humana não
é algo que pode ser objecto de comercio qualquer que seja o objectivo. Sublinhou depois
que os processos penais devem garantir a privacidade e a segurança das vitimas e das
suas famílias. Comentando o recente relatório do secretario geral da ONU em tema
de contraste á infibulação, a delegada da Santa Sé recomendou uma maior atenção aos
cuidados de saúde de base para as mulheres, especialmente para as grávidas e com filhos
recém nascidos, sublinhando que o progresso na saúde e no bem estar das mulheres de
hoje e de amanhã começa considerando os indivíduos não como pesos mas contributos
únicos á família humana, quer tenham sido apenas concebidos ou estejam próximos da
morte. Outro tema de candente actualidade, desarmamento e segurança internacional
foi enfrentado pelo arcebispo Francis Chullikat, lamentando o aumento das despesas
militares no ultimo decénio, que atingiram um bilião e 531 milhões de dólares em 2009,
com um incremento de 49 por cento em relação ao ano de 2000, e pedindo uma redução
a favor dos pobres e a criação de um Fundo mundial para os programas de desenvolvimento.
As armas- admoestou o observador permanente da Santa Sé – não são de maneira nenhuma
equivalentes a outros bens no mercado e a sua posse, produção e comercio têm implicações
éticas e sociais profundas, que não podem ser esquecidas.