2010-10-12 20:49:07

DICASTÉRIO VATICANO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO: ANUNCIAR CRISTO SEMPRE E EM TODOS OS LUGARES


Cidade do Vaticano, 12 out (RV) - "A Igreja tem o dever de anunciar, sempre e em todos os lugares, o Evangelho de Jesus Cristo." Esse é o incipit da Carta apostólica em forma de Motu Proprio (Ubicumque et semper) com a qual Bento XVI cria o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, cujo dicastério foi apresentado esta manhã, na Sala da Imprensa da Santa Sé, por seu Presidente, o Arcebispo Rino Fisichella.

"Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos" (Mt 28, 19a): fiel a esse mandamento de Jesus, a Igreja "jamais se cansou de mostrar ao mundo inteiro a beleza do Evangelho".

"Missão evangelizadora necessária e insubstituível" para a Igreja, "expressão de sua própria natureza e que "assumiu na história formas e modalidades sempre novas, segundo os lugares, as situações e os momentos históricos" – lê-se no documento.

Missão hoje chamada a tentar superar o "fenômeno do desapego à fé" em sociedades e culturas que há séculos se mostravam impregnadas pelo Evangelho. De fato, as transformações sociais nas últimas décadas "modificaram profundamente a percepção do nosso mundo" – observa Bento XVI.

"Tudo isso não se deu sem conseqüências também para a dimensão religiosa da vida do homem." "E, se de um lado, a humanidade conheceu inegáveis benefícios" e a Igreja recebeu ulteriores estímulos para dar razão da esperança que porta consigo, de outro, verificou-se uma preocupante perda do sentido do sagrado, chegando até mesmo a colocar em discussão aqueles fundamentos que pareciam indiscutíveis, como a fé num Deus criador e providente, a revelação de Jesus Cristo único salvador, e a compreensão comum das experiências fundamentais do homem como o nascer, o morrer, o viver numa família, a referência a uma lei moral natural."

À luz das preocupações já expressas a partir do Concílio Vaticano II, por Paulo VI e João Paulo II, pelo "contínuo difundir-se do indiferentismo, do secularismo e do ateísmo", em particular nos países do chamado Primeiro Mundo, Bento XVI faz votos de um novo impulso missionário no mundo atual, que exige – recomenda o Pontífice – "um atento discernimento" em relação à "diversidade de situações".

Efetivamente, nova evangelização não significa ter que elaborar uma única fórmula igual para todas as circunstâncias. O importante – conclui a Carta apostólica – é que, em primeiro lugar, "se faça profunda experiência de Deus".

E entre os artigos institucionais do Pontifício Conselho, que atuará em colaboração com os outros dicastérios e organismos da Cúria Romana, indica-se "aprofundar o significado teológico e pastoral da nova evangelização". (RL)







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