2010-10-11 10:13:09

Sínodo para o Médio Oriente: 185 participantes debatem situação dos católicos numa região em que representam 1,6% da população


(11/10/2010) De 10 a 24 de Outubro,a primeira assembleia do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente reúne no Vaticano 185 “padres sinodais” para reflectir sobre a situação da Igreja na região, desde a presença católica à situação social e política.
Egipto, Iraque, Líbano e Síria dominam a lista de participantes, que representam comunidades historicamente muito importantes no Cristianismo, embora hoje os católicos sejam apenas 1,6% da população nesta região.
Além de Jerusalém e dos territórios palestinianos, o Sínodo para o Médio Oriente destina-se aos católicos de 16 Estados: Arábia Saudita, Bahrein, Chipre, Egipto, Emiratos Árabes Unidos, Jordânia, Iémen, Irão, Iraque, Israel, Kuwait, Líbano, Oman, Qatar, Síria e Turquia.
Uma região de 7,18 milhões de quilómetros quadrados, com mais de 356 milhões de pessoas e 5,7 milhões de católicos em 20 milhões de cristãos.
Além dos católicos de rito latino (comum à maior parte dos países ocidentais), existem nestes países seis Igrejas orientais católicas com autonomia própria, “sui iuris”, lideradas por um Patriarca próprio, em comunhão com Roma.
Coptas, sírios, greco-melquitas, maronitas, caldeus e arménios dão vida a uma variedade de “tradições, espiritualidade, liturgia e disciplina.
Pela primeira vez o árabe será língua oficial de um Sínodo, mas os padres sinodais poderão fazer a sua intervenção também em inglês, francês ou italiano.
Entre os 185 participantes haverá 101 líderes de circunscrições eclesiais no Médio Oriente e 23 da diáspora, vindos de nove países, incluindo o Brasil.
Também haverá representantes de outras seis Igrejas orientais católicas: a etíope, a grega, a romena, a siro-malabar, a siro-malancar e a ucraniana.
A eles juntam-se 36 peritos e 34 ouvintes, homens e mulheres, para além de representantes de 14 Igrejas e comunidades eclesiais historicamente enraizadas no Médio Oriente.
Bento XVI escolheu ainda convidados especiais dos mundos judaico e muçulmano, para falar aos participantes no Sínodo: o rabi David Rosen, director do Departamento para os assuntos inter-religiosos do American Jewish Committee; Muhammad al-Sammak, conselheiro político do grão-mufti do Líbano (sunita); o Ayatollah Seyed Mostafa Mohaghegh Ahmadabadi, professor da faculdade de direito da Shahid Beheshti University de Teerão e membro da Academia Iraniana das Ciências (xiita).
A assembleia sinodal será mais breve do que as precedentes e conta com a presença de 19 bispos de países limítrofes da África do Norte e da Europa de Leste, para além dos chefes de 14 dicastérios da Cúria Romana.
Tal como fez na abertura, Bento XVI presidirá na Basílica de São Pedro, a Missa de encerramento dos trabalhos sinodais.
A sessão especial do Sínodo dos Bispos, dedicada ao Médio Oriente é a 24ª desde 1967, somando-se a 12 assembleias gerais ordinárias, duas extraordinárias (1969 e 1985) e outras nove assembleias especiais: duas para a Europa; duas para a África; uma para a Ásia, América e Oceânia; uma para os Países Baixos e outra para o Líbano.
A assembleia sinodal especial para o Médio Oriente merece uma atenção particular por parte da Rádio Vaticano, que abriu uma página Web especial em seis línguas, incluindo o árabe, o arménio e o hebraico.








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