2010-10-11 10:13:24

Diálogo inter-religioso no centro do debate do Sínodo para o Médio Oriente: relações com judeus e muçulmanos ,fulcrais para o futuro do Cristianismo na região


(11/10/2010) As relações com judeus e muçulmanos serão um dos temas centrais do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente
O encontro pretende acentuar a importância deste diálogo para o bem da sociedade e para que a religião, sobretudo dos crentes que professam um único Deus, se torne cada vez mais “motivo de paz”.
A assembleia vai ser dedicada ao tema " A Igreja Católica no Médio Oriente: comunhão e testemunho. «A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma»", partindo de uma passagem do livro bíblico dos Actos dos Apóstolos.
No documento de trabalho, entregue por Bento XVI em Junho deste ano, e que estará na base das intervenções e dos debates, pode ler-se que “a chave para uma convivência harmoniosa entre cristãos e muçulmanos é reconhecer a liberdade religiosa e os direitos humanos”.
As relações entre cristãos e muçulmanos, indica o documento, são por vezes difíceis, sobretudo pelo facto de os muçulmanos não fazerem distinção entre religião e politica, o que coloca os cristãos na situação de não - cidadãos, mesmo em territórios onde se encontravam muito antes da chegada do Islão.
O diálogo com os judeus, por outro lado, é qualificado como “essencial”, embora não seja fácil, ressentindo-se do conflito israelo-palestiniano. Deseja – se que os dois povos vivam em paz numa pátria que seja deles, no interior de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas.
O texto reafirma a condenação do anti-semitismo, sublinhando que as atitudes negativas entre árabes e judeus parecem ser sobretudo de carácter político, e portanto estranhas a qualquer discurso eclesial.
O secretário-geral do Sínodo dos Bispos, o arcebispo Nikola Eterovic, sublinha que a situação actual na região é em muitos aspectos pouco diferente daquela vivida pela primitiva comunidade cristã na Terra Santa, “ no meio de dificuldades e perseguições”.
Os cristãos são chamados a não se isolarem em atitudes defensivas, sendo também exortados a promover a “pedagogia da paz”, para fazer face a questões como a “pobreza, a educação e a luta contra a violência e o terrorismo”.








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