Roma, 09 out (RV) - Uma pequena comunidade, renascida quase do zero após o
fim da União Soviética, mas em crescimento, e muito presente no campo social em uma
sociedade dividida entre a atração pela União Europeia e a nostalgia pela Rússia.
Este é o retrato da Igreja na pequena ex-República soviética da Moldávia, que emerge
de uma entrevista concedida à agência Apic, por Dom Anton Cosa, Bispo de Chisinau,
a única diocese do país.
Dom Cosa, 49 anos, nascido em Valea Mare, Romênia,
trabalha na Moldávia desde 1990 e foi nomeado primeiro bispo desta diocese em 2001.
“Quando cheguei à Moldávia, havia apenas uma paróquia para todo o país e pude ver
o crescimento da Igreja moldova, que renasceu praticamente do zero”, explicou o bispo
entrevistado durante os trabalhos da recente Assembleia plenária dos bispos europeus
em Zagreb. Hoje no país existem 17 paróquias, com 33 sacerdotes (dos quais cinco moldavos)
e 45 religiosas, enquanto os católicos são apenas 1% da população, que é prevalentemente
ortodoxa.
As relações com os ortodoxos são amigáveis em nível pessoal, porém,
diz o bispo, “o ecumenismo ainda não foi desenvolvido como gostaria Roma, especialmente
desde que a Igreja Ortodoxa se dividiu após a queda do regime soviético em 1991”.
Quanto às relações com o Estado, Dom Cosa as define, no conjunto, “boas”. “Mesmo durante
os oito anos quando os comunistas estavam no poder, as relações eram aceitáveis”.
De acordo com o prelado a recente abolição do departamento responsável pelo controle
dos cultos foi um progresso para a liberdade religiosa no país. (SP)