2010-10-05 11:13:01

EUROPA: MEDIDAS CONTRA A POBREZA


Roma, 05 out (RV) - A Comissão Igreja e Sociedade (CSC), em conjunto com a Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE), a Cáritas e a Eurodiaconia apresentaram, no início deste mês de outubro, 14 medidas essenciais para combater a pobreza e a exclusão social na Europa. A iniciativa surgiu no contexto de um encontro ecumênico que as quatro instituições cristãs realizaram, em Bruxelas, e que contou com a presença de diversos representantes do Parlamento Europeu e com responsáveis de diversas Igrejas europeias. Trata-se de uma recomendação conjunta, elaborada com o intuito de promover “uma Europa social mais forte”.

“Como cristãos, consideramos todo o ser humano como tendo sido criado à imagem de Deus, de quem recebeu a dignidade como herança”, lê-se no documento, intitulado “Não negue a justiça aos mais desfavorecidos”. “Acreditamos que todo o ser humano deve poder viver com dignidade, de forma plena, e desenvolver autonomamente as suas capacidades, para contribuir e participar na sociedade” prossegue o texto.

Tendo em conta “o principio do bem comum” para todas as pessoas, e reconhecendo a “necessidade urgente de recuperar de uma grave crise econômica”, as organizações cristãs pedem à União Europeia (UE) e aos Estados-membros que “se empenhem fortemente na busca de uma sociedade mais direcionada para o bem estar das pessoas”. A nível social, o documento propõe a implementação de uma cláusula social, no Tratado da União Europeia, que tenha impacto nas políticas definidas pela Comissão Europeia, e cujas repercussões sejam analisadas anualmente, no Parlamento e Conselho europeus.

No que diz respeito à Carta dos Direitos fundamentais, as organizações cristãs consideram que a Agência Europeia que regula esta matéria “deveria focar o seu trabalho, nos próximos anos, sobre o capítulo IV, dedicado à Solidariedade”. Outro ponto sugere a criação de condições para que “todas as pessoas, dentro da União Europeia, tenham acesso a serviços de interesse público, particularmente nas áreas da saúde e da assistência social”. (SP)








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