ARCEBISPO DE PALERMO: VOZ DOS PASTORES CONFIRAMADA PELA VOZ DO PAPA

Palermo, 04 out (RV) - Bento XVI foi recebido com grande entusiasmo em Palermo, sul da Itália, na visita pastoral que fez neste domingo à capital da Sicília. Um dos momentos particularmente fortes foi, certamente, o encontro do Papa com os jovens, na parte da tarde, na Praça Politeama, no qual o Santo Padre os exortou a viverem autenticamente a fé cristã. "A máfia é caminho de morte, incompatível com o Evangelho." O apelo do Pontífice foi acolhido com um caloroso aplauso dos jovens, que quiseram dar um sinal de mudança dessa cidade, um sinal importante, como nos ressalta o Arcebispo de Palermo, Dom Paolo Romeo, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Dom Paolo Romeo:- "A voz dos bispos encontrou confirmação na voz do Sucessor de Pedro, após os muitos pronunciamentos, a voz forte de João Paulo II: uma voz que quis mostrar estes tons obscuros da máfia, desses grupos – como indicou João Paulo II – que estão longe de Deus e da fé e que nas violações que praticam contra as pessoas humanas, os bens dos outros, mostram os seus aspectos de ateísmo, do eu, do egoísmo absoluto. Creio que Bento XVI quis retomar essa mensagem com outras palavras: palavras que impressionam os jovens, porque os jovens precisam de novas linguagens, de novas expressões, mas estão sempre na mesma linha."

P. A impressão que tivemos foi magnífica: uma cidade que acolheu o Santo Padre com grande alegria, com grande sentimento de responsabilidade e, sobretudo, era uma cidade que esperava uma mensagem do Papa, uma mensagem que foi dada...

Dom Paolo Romeo:- "Posso falar, em primeiro lugar, da reação que vi no semblante do Papa, cheio de alegria, um semblante por vezes comovido. Tivemos um dia de fé, de oração. O povo espera de nós momentos fortes como este. O Santo Padre ficou impressionado com a participação de tantas crianças, de tantos jovens: uma Sicília jovem. Isso nos mostra que existem famílias que creem, famílias que permanecem unidas, famílias que vão contracorrente. Numa sociedade que continuamente nos apresenta escândalos, violências dentro das famílias, assassinatos, dificuldades; que questiona se é o caso de manter ou não o Crucifixo nos lugares públicos, nós mantivemos Cristo em nossas ruas, o povo estava ali e esses são os sentimentos do povo." (RL)