2010-10-01 13:33:50

A importância do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, no Vaticano de 10 a 24 de Outubro


(1/10/2010) “Dar a máxima visibilidade possível à Igreja Católica no Médio Oriente, tão vital na história do Cristianismo, mas que há mais de 2000 anos é atravessado por tensões, conflitos religiosos e agitações políticas”: foi assim que o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Arcebispo Nikola Eterovic, explica ao site Terrasanta.net a importância do próximo Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente que se realizará no Vaticano entre os dias 10 e 24 deste mês de Outubro .

Na entrevista, o Secretário do Sínodo fala das novidades dessa Assembleia especial na qual o árabe será “uma das línguas oficiais”. Segundo o prelado, será também recordado o papel da literatura árabe-siríaca não somente nas tradições das Igrejas Orientais, mas também na formação da cultura árabe. A comunidade árabe-cristã - recorda D. Eterović - é uma ponte natural com o Islão.

Outra questão é a da educação na fé e um papel especial será reservado aos jovens. É muito importante que eles conheçam a Bíblia, seja o Antigo como o Novo Testamento. “Isso terá também impacto sobre o diálogo essencial com o Judaísmo, que é um dos principais objectivos do Sínodo, assim como o é, o difícil mas necessário diálogo com o Islão”, afirmou o prelado.

Entre os desafios que os cristãos devem enfrentar nesta região, o Sínodo abordará a falta de liberdade de religião que não pode ser conciliada com a necessidade de testemunhar o Evangelho. “A esperança - disse o arcebispo -, é que se possa alcançar a paz com justiça, e que o Sínodo possa marcar o passo nessa direcção: se somos verdadeiros discípulos de Cristo, somos também construtores de paz.

Os cristãos, embora sendo uma minoria - disse D. Nikola Eterovic – podem dar um grande contributo para a mudança de mentalidades, começando do coração reconciliado com Deus e com o próximo e a construção de uma região pacífica. Apesar de não terem demandas políticas na Assembleia Sinodal que é de natureza pastoral, - concluiu D. Eterović – “não se poderá deixar de falar sobre como melhorar concretamente, a situação de grande dificuldade em que vivem os cristãos em muitos países”.








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