Roma 27 set (RV) - As mensagens de Nosso Senhor Jesus Cristo são tão ricas
que dão margem a várias reflexões, com as quais podemos mudar e melhorar a nossa vida.
Muitas vezes nos lastimamos pelos nossos sofrimentos, quando deveríamos enfrentá-los
com coragem e paciência, na esperança de dias melhores. O pobre da parábola contada
em Lc 16, 91-31 sofria, mas se contentava com as migalhas que caíam da mesa do rico.
No entanto, ao morrer, “foi levado pelos anjos ao seio de Abraão”. O seu mérito não
foi ser pobre, mas enfrentar sua vida de sofrimentos com galhardia e paciência, sem
revolta. Ninguém gosta de sofrimento, mas ele acontece para todos. Jesus Cristo
suou sangue ao pensar no sofrimento que O esperava, mas enfrentou com coragem, paciência
e amor. A sua ressurreição é uma prova de que o sofrimento, aqui na terra, é efêmero
e o que importa é a abertura de nosso coração para Deus e seus desígnios e para o
nosso irmão, a fim de que possamos dar-lhe a mão e, juntos, vencer as dores, os sofrimentos,
os obstáculos que surgem em nossa vida e na vida do outro. O sofrimento lava a
nossa alma do pecado, assim como a pedra preciosa cintila cada vez mais bela, quando,
burilada, fica livre das impurezas. Conhecemos vários exemplos, na vida dos santos
de Deus e até no nosso cotidiano, de que o sofrimento nos enobrece nos torna mais
fortes, firmes e seguros “como o cedro do Líbano”. O Cristo quer nos alertar que fazermos
de nossas dificuldades um muro de lamentações não melhora a situação, nem nos mostra
caminhos melhores. Mas, enfrentar as nossas dores como se elas fossem um trampolim
para um amor maior, abraçar a nossa cruz com carinho e energia pode nos levar a dias
de felicidade e à esperança de nossa ressurreição com Cristo Jesus. Padre Wagner
Augusto Portugal