2010-09-25 18:13:03

DOM VERA DIZ QUE PRÊMIO RAFTO TORNARÁ VISÍVEL A DOR DO MÉXICO


Monterrey, 25 set (RV) - O bispo mexicano de Saltillo, Dom José Raúl Vera López – prêmio Rafto-2010, por sua defesa dos indocumentados centro-americanos – afirmou que o reconhecimento tornará mais visível a situação de dor e sofrimento em que vive o país.
"Dessa maneira, se torna visível a situação que vivemos no México e que, realmente, é de muita dor, muitos sofrimentos e graves riscos para a vida humana, com uma forte perda da segurança" – acrescenta o sacerdote, numa declaração enviada aos meios de comunicação.
O prêmio – outorgado pela Fundação Rafto – distingue, anualmente, desde 1987, os defensores dos direitos humanos e da democracia. Entre eles figuram quatro personalidades que já foram agraciadas com o prêmio Nobel da Paz: a birmanesa Aung San Suu Kyi (1990), o timorense José Ramos-Horta (1993, que compartilhou o prêmio com Dom Felipe Ximenes Belo), o sul-coreano Kim Dae-jung (2000), e a iraniana Shirin Ebadi (2001).
O galardão – uma dotação de US$ 10 mil – recebe o nome do professor Thorolf Rafto, que dedicou sua vida à defesa dos valores que sua fundação defende, em toda a Europa do Leste.
Dom Vera López distinguiu-se por defender várias causas sociais, tais como os direitos dos imigrantes e dos povos indígenas, frequentemente confrontando-se com os projetos e posições do Governo.
Sua diocese mantém uma rede de refúgios de imigrantes no noroeste do país, que recebe diariamente, uma média de 80 centro-americanos em trânsito para os Estados Unidos, aos quais oferece comida e abrigo.
"Cabe-me receber o prêmio em nome de muita gente, mas quero dizer que é um reconhecimento à defesa dos direitos humanos, atividade a que se dedicam muitas pessoas neste país" – afirma o prelado na nota, declarando sentir-se honrado com a distinção.
No México – diz o bispo de Saltillo – se violam os direitos humanos dos próprios ativistas que lutam por seu respeito. "Estamos indefesos, ainda que o México tenha assinado acordos que garantem a defesa dos direitos humanos e que haja uma revisão periódica por parte da Onu, sobre a situação dos mesmos" – conclui o prelado.
A cerimônia de entrega do prêmio será realizada no dia 17 de novembro próximo, no Teatro Nacional de Bergen, na Noruega. (AF)








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