2010-09-24 11:58:08

ASSEMBLEIA GERAL DA ONU: O QUE FOI DITO E O QUE SE DIRÁ


Nova York, 24 set (RV) - Dando prosseguimento à Assembléia Geral das Nações Unidas, que teve início ontem, em Nova York, e está na sua edição de número 65, será a Argentina a abrir hoje os debates.

Em seu discurso, a presidente da Argentina, Cristina Kirschner, deverá tornar ao assunto das Ilhas Malvinas e manifestar apoio às pressões pela reforma da Onu, muito solicitadas pelos países emergentes, entre eles o Brasil. Eles estão questionando a eficácia dessa Organização e pedindo a democratização e a modernização da sua estrutura. A principal reclamação de todos diz respeito a uma mudança para a melhor distribuição do poder de decisão dentro do Órgão.

A China, que já é a segunda maior economia mundial, também apoiou ontem as exigências por uma maior abertura da ONU aos países em desenvolvimento, para que estes sejam mais protagonistas nos assuntos internacionais.

Em seu discurso polêmico, também na abertura, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, falou sobre os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos como sendo uma conspiração estadunidense vinculada a Israel. A delegação dos Estados Unidos abandonou a sala enquanto Ahmadinejad pronunciava-se.

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, que abriu a Assembleia, nesta quinta-feira, destacou, em seu discurso, alguns aspectos do governo Lula, afirmando que o Brasil mudou e deve alcançar todas as Metas do Milênio até 2015.

Entre as mudanças, destacou o crescimento econômico sustentado, a estabilidade financeira, a inclusão social e a plena vigência da democracia. Segundo o Ministro, mais de 20 milhões de brasileiros saíram da pobreza e outros tantos da pobreza extrema.
Ao falar de política internacional, Celso Amorim destacou a cooperação do Brasil em várias partes do mundo. A começar pelo Haiti, onde o país lidera as forças de paz.

Celso Amorim falou sobre a esperança de retomada de negociações com o Irã sobre seu programa nuclear e citou o papel do Brasil na cooperação com os territórios palestinos e a África.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que teve seu pronunciamento logo após Celso Amorin, pediu a colaboração da comunidade internacional para o processo de pacificação do Oriente Médio.

Barack Obama afirmou que, ao retornar à Assembleia Geral, em setembro do próximo ano, a comunidade internacional poderá ter um acordo que leve à criação de um novo membro das Nações Unidas: um Estado da Palestina independente e soberano vivendo em paz com Israel.

Colômbia, Venezuela, Haiti e El Salvador estão com seus pronunciamentos marcados para hoje. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, vai falar à Assembléia um dia depois de ter anunciado a morte do chefe militar das Farc, Victor Suarez Rojas.

O governante salvadorenho, Mauricio Funes, deverá pedir à comunidade internacional que apóie a luta do México e da América Central contra o crime organizado e o narcotráfico.

A Venezuela não será representada pelo seu presidente, Hugo Chávez, que não quis sair do país devido à proximidade das eleições legislativas do próximo domingo. (ED)







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