2010-09-23 19:33:28

Investigação sobre lavagem de dinheiro na instituição bancária do Vaticano baseia-se num «mal entendido»


(23/9/2010) O director da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, considera que as investigações das autoridades italianas sobre a instituição bancária do Vaticano, o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), baseiam-se num “mal-entendido”.
A Procuradoria de Justiça de Roma comunicou Terça-Feira que congelou 23 milhões de euros da instituição depositados na sucursal de Roma do banco italiano Credito Artigiano.
Os magistrados também iniciaram investigações que envolvem o presidente do IOR, Ettore Gotti Tedeschi, e o seu director-geral, Paolo Cipriani.
Numa carta dirigida ao jornal britânico Finantial Times, especialista em temas financeiros e económicos, o porta-voz salienta que o problema foi criado por um “mal-entendido (em vias de esclarecimento) entre o IOR e o banco que recebeu a ordem de transferência” daquela verba.
A natureza desta “operação de tesouraria” pode ser “esclarecida com extrema simplicidade e rapidez”, assinala o sacerdote.
Na missiva, citada pela Rádio Vaticano, o padre Federico Lombardi explica que o IOR “não é um banco no sentido comum do termo”, mas uma entidade que administra os bens das instituições católicas, cujo objectivo é o apostolado religioso e caritativo.
A carta, publicada integralmente pelo site do “Finantial Times”, salienta que o presidente da instituição trabalha desde a sua nomeação para o cargo, há um ano, para que o Vaticano respeite as normas internacionais sobre a lavagem de dinheiro e seja incluído na “Lista Branca” dos países que obedecem a essa legislação.
O padre Lombardi refere que o presidente do IOR trabalha para assegurar a “absoluta transparência” das suas actividades”, o que é comprovado pelos “intensos e fecundos contactos” em curso com o Banco de Itália, a União Europeia e outros organismos internacionais.
A Santa Sé reafirma a “total confiança nos dirigentes do IOR” e a vontade de assegurar a “plena transparência das operações financeiras”, assinala o sacerdote.








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