DIFICIL SITUAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA LATINA
Roma, 14 set (RV) - Os defensores da liberdade na América Latina e no Caribe
se encontram em uma situação “crítica”, segundo o relatório do Observatório para a
proteção dos defensores dos Direitos Humanos no mundo. O relatório apresentado ontem
em Bruxelas pelo Observatório - um programa conjunto da Federação Internacional de
Direitos Humanos (FIDH) e da Organização Mundial contra a Tortura (OMCT) - denuncia
os problemas e ameaças que enfrentaram os defensores e ativistas em direitos humanos
durante 2009.
No capitulo dedicado à América Latina, o relatório afirma que
no “crescente contexto de militarização”, os defensores dos direitos humanos que denunciaram
abusos da Polícia e do Exército, sofreram represálias “graves” no Brasil, Colômbia,
Guatemala, Honduras e México, segundo o relatório.
As autoridades de boa parte
dos países latino-americanos criminalizaram e entorpeceram o trabalho dos defensores
de direitos fundamentais como a livre orientação sexual, os direitos dos indígenas,
a liberdade de imprensa e os direitos das mulheres. Os que defendem o direito dos
indígenas à terra se viram ameaçados na Guatemala, Peru, Brasil, Chile e Equador.
Nesses casos, foram utilizadas práticas como “a criminalização dos protestos
sociais” dos camponeses ou detenções arbitrárias. O relatório denuncia, além disso,
violações à liberdade de imprensa e a corrupção na Bolívia, Equador, Haiti, México,
Nicarágua e Venezuela.
A Colômbia aparece no relatório como o país “mais perigoso
para os sindicalistas”. (SP)