Cidade do Vaticano, 11 set (RV) - Nesta semana na qual comemoramos os 188 anos
de nossa independência nacional, muitas efemérides sociais nos envolveram. A começar
pelo domingo, quando o Papa Bento XVI se dirigiu a Carpineto Romano para celebrar
a missa comemorativa pelos duzentos anos de nascmento do Papa Leão XIII, o papa da
“Rerum Novarum”, da primeira encíclica social da Igreja e a sinalizadora, nos tempos
atuais, da dimensão social de nossa fé cristã. Também foi o mesmo Leão XIII que homenageou
o povo brasileiro, enviando à sua Princesa Regente, Isabel de Bragança, uma rosa de
ouro, por ocasião da abolição da escravatura em nosso país. Não bastasse tudo isso,
no dia 5 tivemos a festa litúrgica da Beata Teresa de Calcutá, a santa dos pobres,
dos miseráveis, aquela que almejava, entre outras solicitações, dar ao ser humano
a oportunidade de morrer com dignidade. Teresa trabalhava sem esperar retorno. “Rerum
Novarum, Doutrina Social da Igreja, Rosa de ouro pela libertação dos escravos, uma
vida e uma congregação, voltadas aos mais pobres dentro dos menos favorecidos e, juntando
a isso, a celebração da independência do Brasil, um país que se afirma, sempre mais,
no âmbito dos países de economias emergentes. Acredito que este é o momento em
que o país é vocacionado a completar a curva que o faz deixar de ser e de estar situado
naquele grupo de países erroneamente denominados, países do “terceiro mundo”. O dever
do Brasil é assumir, com todo seu carisma e pragmatismo social, fruto de uma herança
de fé e de tradições históricas, a sua vocação cristã de país que vive, e pratica
a justiça e defende a dignidade de cada pessoa. (CA)