2010-09-10 12:56:29

PAQUISTÃO: A AÇÃO DA IGREJA EM PROL DOS NECESSITADOS


Multan, 10 set (RV) - O Espírito “é o do Bom Samaritano, que não pediu a identidade do homem que precisava de auxílio, e o ajudou sem hesitação. Hoje a nossa tarefa, nesta terrível tragédia é mostrar o amor de Deus por cada ser humano, independentemente da sua religião, da comunidade de pertença, ou nível social”: com essas palavras o Bispo de Multan, no Punjab, Paquistão, Dom Andrew Francis, contou à agência Fides o seu empenho pessoal em prol das vítimas da tragédia. Todos os dias, o bispo faz viagens de centenas de quilômetros (a diocese é muito vasta) para levar ajuda humanitária aos refugiados, guiando uma equipe da Caritas local: "Eu viajo com o hábito e a cruz episcopal: sou em primeiro lugar um sacerdote católico e minha presença, por si só, expressa a proximidade e solidariedade de toda a Igreja Católica para com as vítimas das inundações. Nelas, vemos Jesus Cristo, como diz o Evangelho, nu, faminto, sedento, e cabe a nós ajudá-las.

“Nossas ações de socorro e entrega de ajuda humanitária - alimentos, água, tendas, medicamentos em particular - alcançam pelo menos 25 mil pessoas em sete distritos. Estamos fazendo o que podemos, colocando em ação todos os nossos recursos”, disse o prelado. Ao trabalho humanitário, acrescenta-se também "uma intensa oração: muitas famílias estão nos pedindo para rezar por elas: confiamos as suas vidas à Proteção Divina”, observa Dom Francis. Sobre os destinatários dos recursos o bispo explica: “Nós vamos ao encontro de todos os necessitados, sem qualquer hesitação: muitos são hindus, que na nossa diocese foram duramente atingidos pelas cheias; há poucas famílias cristãs. Levamos também ajuda a muçulmanos fundamentalistas: por exemplo, eu fui como bispo, com a cruz no pescoço, nas madrassas, as escolas corânicas muito difundidas na Diocese de Multan. Como bispo, eu levei ajuda humanitária para mulás conhecidos por suas idéias radicais. Fui bem recebido, eles apreciaram o gesto e me agradeceram”.

O bispo também realizou um encontro inter-religioso na Catedral de Multan "para invocar junto com os líderes cristãos, muçulmanos e hindus a misericórdia de Deus. A tragédia une na solidariedade todas as comunidades religiosas”. Uma atenção especial é dada “às crianças deficientes e às pessoas com síndrome de Down: as suas famílias estão em grande dificuldade. As equipes da Caritas estão circulando pelos vilarejos em busca dessas famílias, que são os casos mais desesperados". Neste trabalho de ajudar às crianças, “uma contribuição muito especial vem das crianças da Infância Missionária da diocese: recolheram porta a porta, ajudas destinadas às crianças e, até agora, fomos capazes de beneficiar mais de 20 mil crianças entre as famílias dos refugiados. O bispo conclui: “Estou feliz de ser um cristão no Paquistão, apesar das dificuldades, e mesmo diante dessa tragédia. A missão da Igreja hoje é estar perto de quem sofre e ser um sinal do amor e da misericórdia de Deus”. (SP)








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