2010-09-10 12:47:47

ENCONTRO ECUMÊNICO DE BISPOS


Castel Gandolfo, 10 set (RV) - “As pregações de hoje não têm nenhum valor. Diante da inflação da palavra à qual os meios de comunicação estão nos habituando, o que hoje vale e tem eficácia é o testemunho. O testemunho é a perspectiva mais promissora da evangelização”: foi o que disse o Arcebispo de Praga, Cardeal Miloslav Vlk, apresentando no dia de ontem aos jornalistas o 29º Encontro Ecumênico de Bispos, uma iniciativa do Movimento dos Focolares, e que se está realizando desde ontem até 13 de setembro no Centro Mariápolis de Castel Gandolfo (Roma).

Participam do encontro mais de 30 bispos de 17 países no mundo inteiro. Da Austrália a Hong Kong, da Índia ao Brasil. São representantes das Igrejas Ortodoxas, da Comunhão Anglicana, da Igreja Metodista, Luterana, Evangélica, Episcopaliana, da Igreja Católica. Domingo, dia 12, após o Angelus, os participantes serão recebidos em audiência em Castel Gandolfo pelo Papa.

No centro do encontro deste ano o tema: “A vontade de Deus na vida dos cristãos”. “Uma questão - disse o cardeal - não só e unicamente religiosa porque em um mundo secularizado onde se experimenta a ausência de Deus, o homem tende a fechar-se na sua vontade, pois para ele é difícil aceitar e confrontar-se com a vontade do outro”. De acordo com o Cardeal Vlk, “a resposta para as crises que a Europa atravessa hoje, é testemunhar que Deus está próximo da história de cada homem”. Mas é um testemunho - acrescentou – que exige necessariamente “a unidade das Igrejas, porque só se estivermos unidos o nosso testemunho poderá ser eficaz”.

Sobre a situação atual do ecumenismo e da crise que o diálogo está atravessando, o Cardeal reiterou a afirmação de que “aquilo que nos une é muito mais do que aquilo que nos divide. Em certo sentido, há muitas coisas que nos permitem viver já, agora, como Igreja unida”. Da mesma opinião o Bispo da Igreja Evangélica Luterana da Alemanha, Christian Krause, que mesmo constatando que está ocorrendo na Europa “uma crise das instituições em todos os níveis, não pensa em falar de “inverno ecumênico”, porque são muitas iniciativas que demonstram o contrário e, em particular, que “os leigos seguem em frente”. Krause fala em seguida da experiência de Kirchentag de Munique e da realidade consolidada de “Juntos pela Europa”, iniciativa para o diálogo e a ação conjunta à qual aderem 160 movimentos cristãos da Europa.

Durante o encontro, será o Cardeal Walter Kasper, Presidente emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, a fazer um balanço do estado atual do ecumenismo. (SP)








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