2010-09-08 19:49:32

BENTO XVI: FÉ CRISTÃ FAVORECE COMPARTILHAR DIREITOS HUMANOS UNIVERSAIS


Cidade do Vaticano, 08 set (RV) - "Moderação, sabedoria e coragem" ajudem a "missão delicada e importante" de vocês: assim se expressou Bento XVI dirigindo-se aos membros do Escritório da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa. O encontro realizou-se na dependência adjacente à Sala Paulo VI, no Vaticano – após a Audiência Geral desta quarta-feira – por ocasião do 60º aniversário da Convenção Européia dos Direitos do Homem.

De fato, o Papa fez votos de que a missão deles seja sempre uma missão "a serviço do bem comum da Europa", recomendando "moderação, sabedoria e coragem" ao enfrentarem questões "importantes" na agenda da Assembléia Parlamentar que dizem respeito, sobretudo, a "pessoas que vivem situações particularmente difíceis e sofrem graves violações de sua dignidade":

"Pessoas portadoras de deficiência, crianças que sofrem violência, imigrados, refugiados, aqueles que pagam o preço mais caro da atual crise econômica e financeira, aqueles que são vítima de extremismos ou de novas formas de escravidão, como o tráfico de seres humanos, o comércio ilegal de drogas e prostituição", bem como as vítimas da guerra e aqueles que vivem em democracias frágeis.

O Pontífice se disse "bem informado" acerca dos esforços em andamento no Conselho da Europa "para defender a liberdade religiosa e opor-se à violência e à intolerância contra os fiéis na Europa e no mundo inteiro".

"... considerando o contexto da sociedade atual no qual se encontram diferentes povos e culturas, é imperativo desenvolver a validade universal dos direitos humanos, bem como a sua inviolabilidade, inalienabilidade e indivisibilidade."

Em seguida, Bento XVI recordou "os riscos associados ao relativismo na área dos valores, dos direitos e dos deveres", e se perguntou: "Se eles fossem desprovidos de um fundamento racional objetivo, comum a todos os povos, e fossem baseados exclusivamente em culturas particulares, iniciativas legislativas ou sentenças judiciárias, como poderiam oferecer um terreno sólido e duradouro às instituições supranacionais, como o Conselho da Europa? Como poderia haver um frutuoso diálogo entre culturas", se não houvesse "princípios universais entendidos do mesmo modo pelos Estados-membros"? "Valores, direitos e deveres" que "estão radicados na dignidade de toda pessoa, algo que é acessível ao raciocínio humano".

"A fé cristã não impede, mas favorece essa busca, e é um convite a buscar as bases sobrenaturais dessa dignidade" – concluiu o Papa. (RL)







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