2010-09-06 20:43:12

BENTO XVI: SÓ O AMOR DÁ VALOR AOS PRECEITOS


Cidade do Vaticano, 06 set (RV) - A liturgia desta segunda-feira conduz-nos ao centro da mensagem cristã: Deus é amor, é potência de cura que salva. O Evangelho nos fala de Jesus que cura, no dia de sábado, um homem que tem a mão direita paralisada, e por isso é criticado por escribas e fariseus. Aproveitamos para recordar algumas reflexões do Papa sobre esse tema:

Jesus muitas vezes faz milagres no dia de sábado, dia de repouso. "Assume a responsabilidade da interpretação do preceito revelando-se como "Senhor das próprias instituições legais". Mostra desse modo qual é a mensagem cristã:

"A verdadeira religião consiste no amor a Deus e ao próximo. Eis o que dá valor ao culto e à prática dos preceitos." (Angelus, 8 de junho de 2008)

Jesus pergunta a escribas e fariseus se é lícito fazer o bem ou fazer o mal. O amor está em contínua ação, não se pode cessar; o pecado, ao invés, "é uma espécie de paralisia do espírito da qual somente a potência do amor misericordioso de Deus pode nos livrar." O Pontífice ressalta que as curas são, então, os sinais do poder do amor de Deus:

"Essas curas são sinais: não se resolvem em si mesmas, mas guiam para a mensagem de Cristo; conduzem-nos a Deus e nos fazem entender que a verdadeira e mais profunda doença do homem é a ausência de Deus, da fonte da verdade e do amor. E somente a reconciliação com Deus pode dar-nos a verdadeira cura, a vida, porque uma vida sem amor e sem verdade não seria vida). (Angelus, 8 de fevereiro de 2009)

"A cura completa e radical é a salvação... é a fé que salva o homem – observa o Santo Padre – restabelecendo-o em sua profunda relação com Deus, consigo mesmo e com os outros"; e não a lei ou as ideologias que tanto atraem os homens:

"De fato, é forte no homem a tentação de construir para si um sistema de segurança ideológico: inclusive a própria religião pode tornar-se elemento desse sistema, bem como o ateísmo, o laicismo, mas agindo assim se pode ficar cego pelo próprio egoísmo. Caros irmãos, deixemo-nos conduzir por Jesus, que pode e quer dar-nos a luz de Deus! Confessemos as nossas cegueiras, as nossas miopias, e sobretudo aquilo que a Bíblica chama de "o grande pecado" (cf Sal 18, 14): o orgulho." (Angelus, 2 de março de 2008) (RL)







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