(5/9/2010) Com uma celebração eucarística concluiu-se neste Domingo em Seul o Congresso
dos leigos católicos da Ásia. Os trabalhos propriamente ditos foram encerrados neste
sábado pelo Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko. Esperança:
este o denominador comum do Congresso, disse o CardealRylko. E essa esperança tem
um nome, o nome de Deus, o único capaz de vencer o "esmorecimento profundo" e "o
niilismo prático" do qual a humanidade pós-moderna é vítima. A grande missão dos cristãos
na Ásia, então, é anunciar a esperança ao Continente, sobretudo onde a liberdade religiosa
é negada, porque "a evangelização não é uma actividade acessória, mas a razão de ser
da Igreja" –salientou o purpurado .
O Cardeal Rylko chamou a atenção para
o facto de que a evangelização não significa reduzir tudo a um diálogo ou a uma simples
obra de promoção humana. Não: evangelizar significa ter presente três "leis fundamentais",
reiteradas muitas vezes no passado pelo então Cardeal Ratzinger.
A primeira
é a lei da expropriação, que nos diz que evangelizar "nunca é uma questão privada,
porque por detrás estão sempre Deus e a Igreja".
A segunda norma diz respeito
à humildade: como um grão de mostarda, quem anuncia o Evangelho deve ser humilde e
somente assim saberá reagir ao desencorajamento que pode atingir o empenho missionário.
Por
fim, a terceira lei recorda - nos a importância dos mártires, aqueles que, como o
grão de trigo, morrem para dar fruto.
Em seguida, o Presidente do Conselho
Pontifício para os Leigos deteve - se sobre o tema da inculturação do Evangelho e
reiterou que, longe do sincretismo, a fé não se identifica com nenhuma cultura, mas,
pelo contrário, é capaz de impregnar a cultura.
O purpurado salientou ainda
como central também a questão da formação, direito-dever dos leigos e no qual "a presença
e o contributo das mulheres" é cada vez mais importante.
O último ponto tratado
pelo Cardeal Rylko foi o da santidade, que "não é uma utopia", mas a meta fascinante
que Cristo prospecta a todos os baptizados". "Os santos são grandes mestres de vida
cristã – ressaltou – infundem-nos a coragem de investir toda a nossa vida em Deus
e desafiam-nos a sairmos de uma mediocridade que nos torna propensos a acolhermos
a cultura laicista dominante".