2010-09-03 12:35:07

A onda de violência em Maputo não para e o governo não cede. D. Francisco Chimoio apela à calma e espera que governo e população se entendam


(3/9/2010) Tumultos na rua, confrontos entre policia e população, carros, lojas e armazéns vandalizados, levantamento de barricadas, um clima de guerra que se criou em Maputo, desde Quarta-feira, dia 1, e que já causou pelo menos 6 mortos e muitos feridos.
A onda de violência não pára e o Governo não cede, mantendo a subida de preços. O Conselho de Ministros moçambicano reuniu e apresentou, em números, o balanço dos protestos: sete mortos, 288 feridos, 12 autocarros vandalizados, dois vagões saqueados e quatro postes derrubados, entre outros danos de menor dimensão.
As conclusões também se traduzem em dinheiro, tendo a greve geral causado, segundo o Conselho de Ministros, um prejuízo de 122 milhões de meticais (cerca de 2,5 milhões de euros).
Segundo o jornal moçambicano “O País”, o Governo mantém a sua posição: aumento dos preços dos bens essenciais (pão, água e electricidade, além da subida do preço dos combustíveis - aumentaram quatro vezes, nos últimos meses.) . O porta-voz do Executivo e vice-ministro da Justiça, Alberto Nkutumula, reforçou as palavras do presidente Armando Guebuza e a teoria de que a solução para travar a subida de preços passa pelo aumento da produção.
“Para o nível de vida de um moçambicano, que vive nos bairros da periferia, as subidas dos preços dos bens essenciais podem significar comer ou não comer”
O presidente Armando Guebuza, declarou que “o governo está consciente da situação que vive o povo”, mas não hesitou em condenar os protestos, que diz apenas servirem para “trazer luto e dor ao seio da família moçambicana e para agravar as condições de vida dos nossos concidadãos”, lamentando ainda “a perda de preciosas vidas humanas e a destruição de bens públicos e privados”.
A Igreja moçambicana lançou um apelo geral para que a calma regresse ao país, e que as partes em conflito dialoguem entre si.
Numa mensagem difundida pelos Media, o arcebispo de Maputo considera que o momento actual tem de ser de união para a construção da paz.
Em entrevista ao correspondente da Rádio Vaticano em Portugal Domingos Pinto o arcebispo de Maputo D. Francisco Chimoio descreve um ambiente tenso, agravado com a existência de vitimas mortais, uma situação que já se está alastrar a outros pontos do país, como é o caso da província de Gaza.
Uma entrevista onde D. Francisco Chimoio começa por descrever a situação vivida nas ultimas 48 horas na capital moçambicana RealAudioMP3








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