MÉXICO: ONU CONDENA ASSASSINATOS E PEDE INVESTIGAÇÃO INDEPENDENTE
Tamaulipas, 30 ago (RV) - Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas pede
investigação sobre o assassinato de 72 migrantes no México. O crime foi cometido em
24 de agosto, no norte do país, e os sinais encontrados nas vítimas apontam ação do
crime organizado.
A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi
Pillay, condenou o crime e pediu uma investigação independente. Entre as vítimas,
14 eram mulheres. Foram identificados até agora 14 hondurenhos, 12 salvadorenhos,
4 guatemaltecos e 1 brasileiro, que estavam portando documentos pessoais, os demais
estariam no país sem quaisquer documentos, por isso, não foram identificados ainda.
Um
equatoriano é o único sobrevivente do massacre e foi quem alertou as autoridades sobre
o caso. O sobrevivente, que está em um hospital da Marinha em Tamaulipas, atribuiu
o crime ao cartel Los Zetas, um dos grupos de crime organizado mais violentos do país.
As embaixadas de Equador, Brasil, El Salvador e Honduras no México
enviaram representantes diplomáticos a Tamaulipas para colaborar no processo de identificação
dos imigrantes sem documentação.
Os grupos de crime organizado no
México, principalmente de drogas, mantêm uma guerra entre eles e contra o governo
que deixou mais de 28 mil mortos no país nos últimos três anos.
Segundo
relatores da ONU, pelo menos 400 mil migrantes passam pelo México, todos os anos.
A maioria é vítimas do tráfico humano, ligado ao tráfico de drogas e ao contrabando.
(ED)