Cleveland, 27 ago (RV) - O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) promove esta semana
em Cleveland, no Estado de Ohio, nos Estados Unidos, uma conferência contra o racismo.
O encontro avalia do ponto de vista teológico e social, o compromisso das
Igrejas contra as diversas faces do racismo. Quais respostas de ação das Igrejas,
na dimensão ecumênica, ao racismo ainda arraigado no mundo sob formas e manifestações
sutis? É a pergunta abordada pelos participantes.
O fenômeno do racismo hoje
é global. Ele interfere na vida de muitas comunidades já vulneráveis diante de desafios
como a pobreza, injustiça, violações dos direitos humanos e violência direta e estrutural.
O encontro, que se concluirá no próximo domingo, 29 de agosto, conta com a
participação de representantes do Conselho Mundial de Igrejas provenientes do Brasil,
Peru, Nicarágua, Estados Unidos, Canadá e Índia, além de membros provenientes da Europa
e da África.
"A conferência de Cleveland – ressalta o jornal da Santa Sé,
L'Osservatore Romano – pretende também comemorar os 40 anos de trabalho do Conselho
Mundial de Igrejas no âmbito do programa de luta contra o racismo".
A luta
contra o racismo é uma prioridade formativa e operante do Conselho Mundial de Igrejas
e foi uma escolha altamente visível para o movimento ecumênico, expressa no movimento
norte-americano para os direitos civis e depois contra o apartheid, na África do Sul.
"Hoje,
as tensões crescentes no mundo, as desigualdades sociais causadas por interesses econômicos
e pela perda da dimensão ética na economia, a fragmentação devido ao fenômeno da imigração
em massa, a perda do poder aquisitivo de numerosas comunidades, são causas de exclusão
e alimentam a prática constante da discriminação" – frisa o movimento ecumênico, no
jornal da Santa Sé.
"Diante disso, é preciso multiplicar o compromisso das
Igrejas no mundo, chamadas a lutar contra as mil faces do racismo e da discriminação
a fim de promover a civilização do acolhimento e da inclusão" – conclui o Conselho
Mundial de Igrejas. (MJ)