Cidade do Vaticano 24 ago (RV) - Em 23 de agosto de 1948, em Amsterdã, 147
Igrejas de diferentes denominações e países deram vida oficialmente ao Conselho Mundial
de Igrejas, um movimento ecumênico que visava a unidade dos cristãos. Hoje, o Conselho
reúne 349 Igrejas, denominações e comunidades eclesiais, representando 560 milhões
de cristãos. Embora inicialmente as Igrejas fundadoras fossem em grande parte da Europa
e América do Norte, hoje a maioria é constituída pelas Igrejas da África, Ásia, Caribe,
América Latina, Oriente Médio e da região do Pacífico.
O Conselho
Mundial de Igrejas - considerada a maior expressão do movimento ecumênico moderno
- está empenhado em reforçar o testemunho das Igrejas que fazem parte do mesmo, respondendo
às necessidades da população mundial, sob o signo dos valores da justiça e da paz,
através da missão e do serviço.
Em vista da próxima "Cúpula sobre
Desenvolvimento do Milênio" - em Nova Iorque, de 20 a 22 de setembro, promovido pelas
Nações Unidas – o Conselho, num apelo enviado à ONU, recentemente recordou que “a
erradicação da pobreza é um objetivo fundamental” e que “há tempo, o Conselho reitera
que muitos dos conflitos em curso em diferentes regiões do mundo são em grande parte
causados por carências socio-econômicas sofridas pelo povo”.
O pedido
do Conselho Mundial de Igrejas é, portanto, a “revisão de um sistema perverso de prioridades
que favorece a salvação de grandes bancos ou a compra de máquinas para matar, e não
a liberação de populações da fome e da pobreza”.
Em conclusão, “a desculpa
muitas vezes de falta de recursos para derrotar a pobreza é indicativa de uma falta
de valores e princípios morais , da falta de justiça e humanidade”. (SP)