Havana, 23 ago (RV) - Berta Soler, uma das líderes do grupo “Damas de Branco”,
formado por mães, esposas e noivas dos dissidentes políticos cubanos, definiu como
“muito positiva” a gestão da Igreja em Cuba da questão da libertação dos presos políticos.
O grupo encontrou-se, nesta sexta-feira, dia 20, com o cardeal arcebispo
de Havana, Dom Jaime Ortega. Falando sobre o encontro a jornalistas, Berta Soler disse
que a Igreja faz aquilo que realmente deve fazer, ou seja, dar apoio às pessoas que
sofrem. Para ela, os resultados dos esforços da Igreja cubana no caso dos dissidentes
foram todos positivos.
O encontro desta sexta-feira foi solicitado
pelo “Damas de Branco”, para pedir ao arcebispo que intercedesse junto às autoridades
a fim de que se pusesse fim a uma série de atos de hostilidade praticados contra Reina
Tamayo, mãe de Orlando Zapata Tamayo, dissidente político morto em 23 de fevereiro
passado depois de uma greve de fome de 85 dias.
Interrogada pelos
jornalistas sobre a recente carta dos 165 dissidentes, Berta Soler disse não tê-la
assinado, como nenhuma das mulheres pertencentes ao grupo. (ED)