CELEBRAÇÕES NA ÍNDIA PELO DIA DA SUA INDEPENDÊNCIA
Nova Délhi, 16 ago (RV) – Em 15 de agosto de 1947, a índia hasteava, pela primeira
vez, a bandeira de seu país independente no Forte Vermelho. Neste domingo, nesse mesmo
local, em um ambiente festivo e com um amplo aparato de segurança, o país celebrou
a data.
Do Forte, que se localiza no centro da capital Nova Délhi,
o Primeiro-ministro Manmohan Singh falou à população: “Como a maior democracia do
mundo – disse ele – nos convertemos em um exemplo que muitos outros podem seguir.”
A Índia é, de fato, marcada por um crescimento econômico, mas também
por pobreza e separatismo. “Apesar da crise internacional, a Índia espera crescer,
este ano fiscal, 8,5%. “Embora - disse o primeiro-ministro - os efeitos desse crescimento
não cheguem a "uma grande parte" da população, que vive a pobreza, a fome e a doença
de modo persistente."
Segundo Singh, desde a independência, a Índia
sofre de uma pobreza secular, à qual se soma a difícil relação com a maioria dos seus
vizinhos nas questões separatistas “em nome da religião, região, casta ou idioma”.
A data também é marcada pela onda de agitação civil na Caxemira indiana,
região que o país disputa com o Paquistão, onde morreram 55 pessoas em confrontos
com as forças da ordem, nos últimos dois meses.
O Paquistão, aliás,
foi o único país ao qual o primeiro-ministro dedicou parte de seu discurso. As relações
deste país com a Índia são tensas, e Singh pediu que medidas contra o terrorismo sejam
tomadas em seu solo, como condição para que o diálogo bilateral possa progredir.
Seu
discurso foi protegido por um dispositivo rigoroso de segurança, incluindo franco-atiradores,
helicópteros e metralhadoras antiaéreas na Cidade Antiga e nos arredores do Forte
Vermelho. (ED)