Nova York/Genebra, 12 ago (RV) - A juventude mundial comemora hoje, 12 de agosto,
o seu dia, instituído em dezembro de 1999 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
A ONU proclama ainda o ano de 2010 como o Ano Internacional da Juventude, que será
aberto na sede da Organização, em Nova York, diante de líderes políticos, representantes
dos jovens, artistas e ativistas.
A iniciativa, que se prolonga até 11 de agosto
de 2011, terá o tema “Diálogo e compreensão recíproca” e o lema “Nosso Ano, nossa
voz”, tem como objetivos e encorajar a plena e eficaz participação dos jovens em todos
os âmbitos da sociedade e promover entre a juventude a percepção dos sofrimentos sociais.
Com metas definidas que incluem a redução de uma série de males sociais até
2015, como a extrema pobreza, a fome, a mortalidade materna e infantil, a falta de
acesso à educação e cuidados de saúde, a ONU pede o apoio local e internacional de
governos, sociedade civil, indivíduos e comunidades do mundo.
Entre as numerosas
iniciativas programadas, assinala-se a “Conferência Mundial da Juventude”, em León,
no México, de 23 a 27 de agosto de 2010.
Em relação às perspectivas profissionais,
os jovens de hoje não têm muito a comemorar: o desemprego juvenil alcançou níveis
recordes por causa da crise econômica global, com uma taxa mundial de 13% em 2009.
A expectativa - informou ontem a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é que
o índice aumente ainda mais este ano.
O relatório sobre Tendências Mundiais
do Emprego Juvenil 2010, foi apresentado em Genebra, às vésperas do lançamento do
Ano Internacional da Juventude, e aponta que 81 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos
não estavam trabalhando até o fim do ano passado.
“Os jovens já não sabem onde
ou como procurar emprego” - disse Steven Kapsos, economista da Unidade de Tendências
de Emprego da OIT, à imprensa.
A situação é mais complicada para as mulheres:
em 2009, a taxa de desemprego entre elas foi de 13,2%, enquanto entre os homens foi
de 12,9%. (CM)