Igreja Católica nos EUA divulga normas para proteger crianças de abusos
(11/8/2010) A Igreja Católica nos EUA divulgou segunda-feira um /a> para proteger as crianças de abusos por parte de adultos que vai
ser ensinado às crianças a partir do ano lectivo 2010/11. A iniciativa, que se
estende às escolas e paróquias de todo o país, foi lançada pelo Secretariado para
a Protecção de Crianças e Jovens da Conferência Episcopal norte-americana. O programa
salienta que os abusos devem ser denunciados e que as crianças precisam de entender
que é necessário contá-los aos pais ou responsáveis, dado que a “vergonha” desses
actos deve recair sobre aquele que o comete. Os responsáveis chamam a atenção para
a ajuda que pode ser prestada pelos pais e educadores e sublinham que as crianças
podem erguer “barreiras pessoais” a abordagens indesejáveis.
De acordo com
a Igreja Católica nos EUA, mais de dois milhões de adultos em 193 dioceses foram treinados
para reconhecer o comportamento dos abusadores e executar medidas que detenham os
seus comportamentos. Os responsáveis eclesiais assinalam que as verificações ao
historial de pessoas que estão em contacto com crianças e jovens abrangeram dois milhões
de voluntários e funcionários, 52 mil membros do clero e mais de 6200 candidatos à
ordenação. Todas as dioceses têm Códigos de Conduta que, além de estipularem as
atitudes autorizadas e proibidas, encorajam a denúncia de comportamentos suspeitos,
refere o /a> intitulado “O que
é que a Igreja Católica tem feito para responder efectivamente ao abuso sexual por
pessoal da Igreja?” O texto sublinha que desde 2002 tem sido seguida uma política
de “Tolerância Zero”: um só abuso sexual comprovado na sequência de um processo que
cumpra os procedimentos do Direito Canónico é o suficiente para que o padre ou diácono
envolvido seja “permanentemente afastado do ministério”, não se excluindo “a demissão
do estado clerical”. Em 2009, as dioceses norte-americanas gastaram o equivalente
a quase 5 milhões de euros em terapia para as vítimas de abuso sexual de menores.